Nota 10

Festival de Cinema Pan-Amazônico abre inscrições para mostra competitiva

Décima edição do AMAZÔNIA (FI)DOC anuncia convocatória internacional para filmes de ficção e documentários


 

Estão abertas até o dia 10 de setembro as inscrições de filmes de ficção e documentários para a mostra competitiva da 10ª edição do AMAZÔNIA (FI)DOC – Festival Pan-Amazônico de Cinema. O edital de convocatória e a ficha de inscrição podem ser encontrados no site do festival (amazoniadoc.com.br) e na plataforma Filmfreeway. O festival será realizado em Belém (PA) de 18 a 27 de novembro.

 

A chamada para as inscrições de filmes e documentários foi anunciada na quinta-feira (23), em Belém, em evento no Cine Líbero Luxardo, do Centur. Além da curadoria seletiva, o 10º AMAZÔNIA FI(DOC), o Festival Pan-Amazonico de Cinema agrega outros dois festivais: o Festival “As Amazonas do Cinema” e o Festival Curta Escolas que incentiva e premia com troféus os jovens cineastas de escolas públicas e comunidades periféricas. Este ano, pela segunda vez, o Curta Escolas será realizado em agosto numa Itinerância por três municípios do Marajó.

 

 

A diretora do Festival, Zienhe Castro, afirma que os quatro meses de convocatória para inscrições permitem a ampliação do alcance do festival nos países pan-amazônicos. “Queremos expandir nossa rede, nosso intercâmbio com as cinematografias das diversas Amazônias”, afirmou. “Este é o edital de convocatória internacional, para as inscrições de filmes de ficção e documentários nos formatos de curtas, médias e longas-metragens, produzidos nos oito países pan-amazônicos (Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela) e na Guiana Francesa, a partir de 1º de janeiro de 2022”, informou a cineasta.

 

O lançamento do 10º AMAZÔNIA FI(DOC) teve a exibição do filme “A invenção do outro”, longa documentário do cineasta pernambucano Bruno Jorge. O filme narra a última expedição do indigenista Bruno Pereira na Amazônia, em 2019. Em 2022, Bruno Pereira e o jornalista britânico Dom Philips foram assassinados durante viagem pelo Vale do Javari, no extremo oeste do Amazonas. O cineasta Bruno Jorge participou de um bate-papo com o público sobre a produção e a viagem.

 

 

Segundo Zienhe Castro, o festival nasceu em 2009 para debater as diversas Amazônias por meio da cinematografia produzida nesse imenso território. “Naquele ano, já tínhamos urgências, muito a fazer, muito para debater, muito pra trocar. Essas urgências permanecem. E precisamos avançar em muitas outras questões”, afirmou.

 

Para Zienhe, o festival é um marco simbólico que revela toda a potência da cinematografia amazônida. O projeto é financiado pela Lei Paulo Gustavo (mostras e festivais) e tem o patrocínio oficial do Instituto Cultural Vale por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.

 

 

Felipe Pamplona, diretor artístico e coordenador de programação, destaca duas iniciativas inéditas do AMAZÔNIA (FI)DOC: a homenagem à cultura e à filmografia de um país da região pan-amazônica, a Colômbia, e um laboratório de aperfeiçoamento de projetos de longa-metragem e série. “O formato de Lab consiste em um acompanhamento profissional aos realizadores para que o projeto ganhe consistência técnica e poética”, destacou.

 

Nessa décima edição, o festival vai oferecer premiação em dinheiro aos vencedores. Além disso, há o troféu principal do festival que foi criado em 2009  e é assinado pelo artista visual/ceramista Ronaldo Guedes. Neste ano, a artista visual Lise Lobato  assinará o design do Troféu da segunda edição do festival ” As Amazonas do Cinema” que premia e incentiva a filmes dirigidos e roteirizados por mulheres da Pan-amazônia.

 


Deixe seu comentário


Publicidade