“Indiera? Será que é a era do índio ou o índio que já era?”, provoca o Poetinha
Além de olhos na Ópera, Osmar Júnior vislumbra intercâmbio com o índio da cidade, reunindo-o ao homem branco na dança, artesanato e música.
Douglas Lima
Editor
O cantado e decantado Poetinha amapaense, Osmar Júnior, está nas redes sociais com quatro belíssimos videoclipes, parte do Projeto Indiera, cujo ápice será uma megaópera de louvação e defesa do índio.
Osmar, desde que em 1980 começou a carreira de compositor, para depois também cantar, não foge do parâmetro de através da música defender a preservação ecológica e ao mesmo tempo denunciar a destruição da natureza.
O Poetinha ainda valoriza a cultura e principalmente a música afroamapaense. Agora, com o Projeto Indiera, foca o índio, esse ser humano que tem a sua religião, o espírito e a cultura invadidos pelo elemento branco.
Osmar vê que a invasão ao índio vai muito além. A própria terra dele é devastada, o corpo, profanado com acometimento de doenças passadas pelo branco.
No Indiera, o artista tenta resgatar o indígena urbano, aquele que zanza pelas ruas de aglomerados populacionais, distante do manto sagrado de suas terras, do poder de seus ancestrais, com a alma prenhe de saudade dos cantos do uiraparu e bem-te-vi.
“Indiera? Será que é a era do índio ou o índio que já era?”, provoca o Poetinha, que além de olhos na Ópera vislumbra um intercâmbio com o índio da cidade, reunindo-o ao homem branco na dança, artesanato e música.
Bacana, Osmar.
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