Macapá e Belém debatem racismo e sexismo
“Lélia Gonzalez: O feminismo negro no palco da história”, a nova edição do Projeto Memória da Fundação Banco do Brasil, será lançada em Macapá e Belém do Pará
Dois lançamentos regionais, um no Amapá e outro no Pará, marcam nesta semana o Projeto “Memória Lélia Gonzalez: o feminismo negro no palco da história”. Em Macapá (AP), o evento será nesta quinta, 6, e em Belém, na sexta-feira, 7, data do aniversário de 35 anos do Cedenpa – Centro de Estudos e Defesa do Negro do Pará. A iniciativa é da Fundação Banco do Brasil em parceria com Brasilcap e Rede de Desenvolvimento Humano – Redeh.
Historiadora, antropóloga e filósofa, autora de livros e diversos artigos, Lélia Gonzalez (1935 – 1994) foi uma das fundadoras do Movimento Negro Unificado (MNU). Educadora, ativista e intelectual de destaque, seu pensamento contribuiu para a formação de uma consciência crítica em relação aos preconceitos que mantêm mulheres negras em desvantagem na sociedade. “O feminismo negro é um movimento de resistência que ganhou força no período de redemocratização da sociedade brasileira. O Centro de Estudos e Defesa do Negro do Pará (Cedenpa) e o Instituto de Mulheres Negras do Amapá (Imena) fazem parte desse movimento que cresce a cada dia, empoderando mulheres negras de todo o Brasil”, ressalta Antônia Ceva, pesquisadora da Redeh.
Em Macapá o lançamento do Projeto Memória acontece quinta-feira, 6, na Biblioteca Pública Estadual Elcy Lacerda, entre 15h e 18h e é uma realização da Redeh e Instituto de Mulheres Negras do Amapá (Imena).
Programação consta de visita à exposição itinerante Lélia Gonzalez, apresentação cultural e mesa de debate.
Além da deputada estadual Cristina Almeida, participam representantes do Imena; da Secretaria Estadual Extraordinária de Políticas para Afrodescendentes (Seafro); do Instituto Municipal de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Improir); do Núcleo de Estudos Afro-brasileiro (Neab / Unifap); do Núcleo de Educação Étnico-racial; e da Secretaria Estadual Extraordinária de Políticas para as Mulheres. Na seqüência acontece a exibição do documentário de 18 min sobre vida e obra da homenageada e a solenidade de lançamento da iniciativa com Antonia Ceva, coordenadora de pesquisa da Redeh. Também está prevista entrega do Almanaque Histórico, publicação que integra o conjunto de materiais do Memória, assim como a exposição itinerante de 16 painéis e o documentário – tudo disponível para download no http://www.projetomemoria.art.br.
Belém recebe o Projeto Memória Lélia Gonzalez sexta-feira, 7, no Cine-Teatro Líbero Luxardo do Centro Cultural Tancredo Neves (Centur), data que comemora o aniversário de 35 anos do Cedenpa – Centro de Estudos e Defesa do Negro do Pará. O evento de lançamento é uma realização da Articulação de Organizações de Mulheres Negras Brasileiras, Rede Fulanas-Negras da Amazônia Brasileira, Cedenpa e Redeh.
Projeto Memória – Realizado pela Fundação Banco do Brasil desde 1997, o Projeto Memória é uma tecnologia social de educação que visa difundir a obra de personalidades que contribuíram significativamente para transformação social, formação da identidade brasileira e desenvolvimento do país. Em edições anteriores já foram homenageados nomes como o poeta Castro Alves, o escritor Monteiro Lobato, o jurista Rui Barbosa, o navegante Pedro Álvares Cabral, o presidente Juscelino Kubitschek, o sanitarista Oswaldo Cruz, o sociólogo Josué de Castro, o educador Paulo Freire, a feminista Nísia Floresta, o líder da Revolta da Chibata João Cândido, o Marechal Rondon e o poeta Carlos Drummond de Andrade. Saiba mais no http://www.projetomemoria.art.br.
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