Nota 10

Mercado Central: de vendedor da mercearia “Flor do Amapá” a empresário de rede de supermercados

É assim que inicia a história de Ari Silva e dos supermercados Santa Lúcia. Hoje, ele é um dos donos do empreendimento.


O novo Mercado Central é um celeiro de histórias e memórias vivas que ajudam a contar a história do comércio amapaense e de pessoas que começaram muito jovem a desenvolver seu espírito empreendedor. É assim que inicia a história de Ari Silva e dos supermercados Santa Lúcia. Hoje, ele é um dos donos do empreendimento.

Aos 12 anos, Ari começou a trabalhar na mercearia “Flor do Amapá”, com o pai Pedro Silva e os irmãos. O espaço era localizado dentro do Mercado de Peixe de Macapá. Essa é uma das muitas narrativas que contam um pouco do simbolismo do Mercado Central, que foi revitalizado com recursos oriundos de emenda parlamentar do senador Randolfe Rodrigues (R$ 2,5 milhões) e da Prefeitura de Macapá (R$ 1,2 milhão), e será entregue nesta quinta-feira, 16.


Ari Silva, hoje com 47 anos de idade, diz que tem muitas lembranças do mercado. “Meus dois irmãos [João e Marco] e eu acordávamos cedo, por volta das 4h, e às 5h já estávamos trabalhando dentro do Mercado de Peixe. Vendíamos de tudo, milho, lamparina, açúcar. Logo montamos uma mercearia filial dentro do Mercado de Carne, hoje o notório conhecido como Mercado Central. Íamos cedo com o nosso pai, que acreditava no trabalho para vencer as dificuldades da vida. Ele deixou um ensinamento muito forte de vendas, de lidar com os clientes. A origem do Grupo Santa Lúcia se iniciou dentro do Mercado Central”, conta.

Nascidos e criados no bairro Trem, Ari e seus irmão João e Marco contam que de lá, dentro do mercado, começaram a perceber novas oportunidades, e foi então que começaram o autosserviço, embrião dos supermercados, que é mercado aberto. “Compramos o Mercantil Santa Lúcia, próximo ao Macapá Shopping, e lá já veio até com o nome, mas a origem em si nasceu dentro do Mercado de Peixe e de Carne. Logo após, compramos o Mercantil Bom Vizinho”, explicou.

O pai de Ari Silva faleceu quando ele era ainda muito jovem, mas os ensinamentos e o espírito empreendedor os fizeram perceber a mudança nos hábitos de consumo do amapaense. Foi então que, a partir daí, começou uma empresa de sucesso, que acredita no Amapá e não tem medo de ousar nos investimentos.

Para Ari Silva, a reabertura do Mercado Central mexe na essência da economia do comércio. “É um resgate fundamental para o comércio. Quando recebi a notícia dessa reinauguração, fiquei muito feliz. Sem dúvida nenhuma, é uma valorização para o espaço e para os empreendedores que estão ali há mais de 20, 30, 40 anos. Naturalmente é outra cultura de formato de venda, é uma melhoria significativa, cheia de simbolismo para a nossa história e para o nosso comércio”, frisou Ari Silva.

Fotos: Nayana Magalhães


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