Movimento Cultural Desclassificáveis promove espetáculo “Cristo Por Elas”, em Macapá
O evento pretende resgatar de forma poética e lírica, a história de uma paixão que por muitas vezes acabou sendo colocada como absoluta e inquestionável
O Movimento Cultural Desclassificáveis objetivando o fortalecimento da tradição popular, preocupado com a formação de plateia e a comunicação direta e/ou indireta a ser transmitida para o público/receptor, imbuído no dever de tornar o teatro uma ferramenta fundamental na construção da personalidade humana crítica, intensifica seu Circuito de Apresentações itinerantes em diversos locais e bairros na cidade de Macapá. Portanto, pretende com tal evento resgatar de forma poética e lírica, a história de uma paixão que por muitas vezes acabou sendo colocada como absoluta e inquestionável.
Sobre o Espetáculo
O espetáculo “Cristo Por Elas”, retrata a versão contada pelas mulheres que passaram pela vida de Jesus e apresenta de uma forma inusitada a breve e grandiosa passagem de Jesus por este mundo e contada através de 06(Seis) capítulos a história da paixão de cristo segundo o olhar e a hermenêutica feminina. O enredo vai desde os tempos antigos, da adoração a Deusa da fertilidade Ostara, o diálogo sobre humanidade e teologia com a jovem Samaritana ao oferecer-lhe água até o relato do sofrimento silencioso de Maria, mãe do filho de Deus e Maria Madalena com o discurso íntimo sobre seu amor e sua devoção a Jesus. Aos conflitos de fé, vida e morte das irmãs de Lazaro: Marta e Maria de Betânia.
A narrativa encenada abre uma questão para a discussão de: “Qual o papel das mulheres na vida de Jesus?” Sem princípios moralistas e julgadores o espetáculo Cristo por Elas vem de forma clara e objetiva revelar o que há por trás dessas grandes mulheres que acompanharam todo calvário da vida de cristo. Essa encenação possui uma vasta trajetória na cena cultural amapaense durante os últimos 12 anos consecutivamente de 2011 a 2024.
A época da páscoa é um momento de refletir não somente sobre a morte de Cristo, mas também as atitudes do ser humano perante suas virtudes e deficiências. Desde os primórdios da era cristã, a passagem da morte e ressurreição do Salvador tornou-se um conto usual para resgatar o temor e paixão a Deus. O sangue inocente derramado pelos judeus contra Jesus coloca em questão nos dias atuais, a importância de se relatar de perspectivas variadas a paixão de cristo. O teatro, tanto cristão como o profissional, tem o papel de proporcionar ao público uma dramatização fidedigna aos relatos contidos no livro sagrado. O que difere uma respectiva encenação.
Sinopse:
Seis mulheres relatando 06 versões diferentes da vida e morte de Cristo: A mulher, nas Bodas em Cana da Galiléia, provoca a primeira menção da “hora” que ainda não chegou, mas está iniciando com o princípio do programa dos sinais de vida; Uma mulher samaritana dialoga com Jesus sobre questões hermenêuticas do culto e da teologia; Marta, proclama sua profissão de fé messiânica no Cristo Ressurreição e Vida; Maria de Betânia, a amiga, unge Jesus para a sua hora suprema; A mulher, na hora do parto, é símbolo do sofrimento articulado com a alegria que gera o novo; Maria a mulher, mãe de Jesus, que já estava presente na festa da aliança e, solidária na hora da dor e da morte de cruz de Jesus e os dois crucificados com ele; Maria Madalena vai à procura daquele que foi depositado como morto no Jardim e se encontra com o Mestre vivo que a chama e envia a anunciar a Boa Notícia da Vida Nova e Ostara, deusa da primavera e representante da fertilidade, vem para desmistificar os mitos da páscoa e trazer reflexões para os dias atuais.
Ficha Técnica:
Direção: Paulo Alfaia
Dramatrugia: Junior Storck
Elenco: Andreia Lopes, Hayam Chandra, kassia Modesto, Joseanne Karla, Josiane Fer e Jessica Pereira.
Designer e Registro Audiovisual : Sandro Gemaque
Sonoplastia: Caíque Sampaio.
Maquiagem e Adereços: Jubson Blada
Contraregra: Tonny Silo
Produção: Movimento Cultural Desclassificáveis.
Parceiros: Oca Produções, Instituto Cultural Cena Livre, Secretaria Estadual de Cultura (Secult/AP) e Fundação Municipal de Cultura (Fumcult).
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