Nota 10

O adeus à dona Terezinha da Gama

“Oi Melo, bom dia. Eu sou a Terezinha da Gama Gonçalves, sou uma senhora de 88 anos. Eu fico muito alegre quando você começa seu programa…”


Com um pouco mais de um metro e meio de altura, mas dona de um largo e sincero sorriso, Terezinha da Gama Gonçalves, de 88 anos, teve a morte anunciada nas primeiras horas da manhã de terça-feira, 12, por médicos do Hospital São Camilo, em Macapá.

Há cerca de 70 dias ela iniciou uma batalha contra uma série de complicações e ficou com a saúde debilitada. A maior parte desse tempo foi de internação na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Mesmo fragilizada, a pequena senhora, mas grande ser humano, ainda encontrava forças para incentivar e mostrar a sua prole que jamais se deve baixar a cabeça para os problemas, que vale a pena lutar pela vida até o último suspiro.

Com seu jeito meigo e carinhoso, Terezinha da Gama se tornou personagem carimbada do programa Luiz Melo Entrevista (Diário 90,9FM), depois de ter enviado uma gravação onde ela se apresentava com uma senhora de 88 anos, e que tinha entre seus hábitos diários levantar da cama bem cedinho e ligar o rádio no programa.

“Oi Melo, bom dia. Eu sou a Terezinha da Gama Gonçalves, sou uma senhora de 88 anos. Eu fico muito alegre quando você começa seu programa, todo dia eu escuto. A primeira coisa que eu faço é ligar meu rádio pra te escutar. Obrigado, viu”. Era com esse bom dia que ela brindava os ouvintes todas as manhãs.

“Ela deixa um legado para todos nós. Dona Terezinha sempre nos deu muitas lições de vida, de que podemos ser felizes com muito pouco. Que podemos viver em harmonia e amar ao próximo com verdade. Ela sempre dizia que não fazia amigos, mas adotava filhos. Era com esse carinho de mãe que ela tratava a todos”, disse emocionado em entrevista à Diário 90,9FM o genro de dona Terezinha, José Augusto Cardoso.

Para o radialista e jornalista Elden Carlos, que conviveu por um longo tempo com a enérgica senhora, fica uma lição de vida. “Sorrir, amar, ser e fazer as pessoas felizes. É uma lição que ela nos deixa. Dona Terezinha foi de uma simplicidade e bondade que não se encontra em qualquer lugar. Se alguém precisava de um prato de comida, ela servia. Se precisa de remédios, ela ajudava, mas se precisava de alimento para a alma ela sabia como ninguém nos alimentar. Se vai a matéria, mas permanecerão os ensinamentos”, concluiu o radialista.


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