Nota 10

Os Cometas: 50 anos de musicalidade e nostalgia

Acredito piamente que não existe música velha e música nova. Existe música boa e música ruim. A boa música é perene, inesquecível.



 

O cometa é um astro conhecido. Por onde passa deixa rastro de luz. Creio que Os Cometas são exatamente talentosos astros com luz própria.

A sociedade amapaense, ao comemorar os 50 anos de musicalidade do conjunto, na Aerc, neste sábado, dia 25 de abril, com Batan abrindo o cardápio musical, à partir das 22:00 hs, sem dúvida que entrará no túnel do tempo para curtir uma seleta viagem musical.

Esses talentosos astros com luz própria intuitivamente foram logo observados e incentivados pelo genial Mestre Oscar Santos, em meados dos anos 60. O Mestre era um notável pesquisador de sons, ritmos e obviamente de instrumentos musicais. Tinha a natural facilidade de observar e desenvolver o dom musical em pessoas vocacionadas para a boa música.

Dizem que no universo da música quanto mais se toca e canta mais se aprimora a qualidade musical. E qualidade musical não falta quando prazerosamente ouvimos o novo CD intitulado Os Cometas, Bailes Inesquecíveis. Produção musical, arranjo e adaptação, de Álvaro Gomes. A pesquisa de repertório ficou por conta de José Espíndola. Gravação, Studio Tarumã.

Os solos de Álvaro (guitarra solo) e de Spíndola (sax) dão um brilho todo especial no bom conteúdo musical (Airport Love Theme e o Caderninho, por exemplo). Acompanhamentos base, ritmo, solo e contraponto também contam com o excelente talento de Walfredo (bateria), Roberval (bateria), Dadá (baixo), Muscula (percussão), Sebastião Mont’Alverne (violão nylon) e dos músicos convidados Israel (trompete), Bone (trombone), Alan Gomes (violão aço e baixo), Juninho (teclados), Grilo (percussão), Diogo (baixo acústico) e Hian Moreira (bateria). O brilho nos vocais fica por conta de Nando, Humberto Moreira e Helô. Antônia e Ilanna (backing vocal’s).

Acredito piamente que não existe música velha e música nova. Existe música boa e música ruim. A boa música é perene, inesquecível. Deve ser por isso, com certeza, que os shows de Paul Mc Cartney, Roling Stones, Roberto Carlos e Erasmo continuam atraindo milhares de pessoas.

Os anos 60 e 70 produziram o que existe de melhor na world music. Nesta fase áurea, em 11 de abril de 1962, é que foi fundado o conjunto musical Os Cometas por Roberval (bateria), Espíndola (sax), Nando (crooner), Assunção (trompete), Muscula (ritmista), Pedro Altair (violão), Luiz Almeida (contrabaixo). Posteriormente vieram Ricardo Charone (acordeon e piano), Augusto Veridiano (piano), Sebastião Mont’Alverne (guitarra elétrica), Joacy Mont’Alverne (crooner e ritmista), Valfredo Costa (ritmista e voz), Célia (lady-crooner), Aymoré (piano). Tempos depois, nova formação, com as presenças marcantes de Humberto Moreira (crooner), Nonato Leal (violão e guitarra), Manoel Cordeiro (teclados), Venilton Leal (guitarra e teclados), Gato e Jaci Rodrigues.

Em 1977, por motivos de força maior, resolvem dar um tempo. No dia 04 de outubro de 2004, numa apresentação memorável, retornam com energia total. Como o ontem e o hoje são processos naturais de construção de uma história que merece continuar eles continuam mais unidos e afinados do que nunca apenas para mostrar novamente à sociedade do porque ainda são considerados tão populares como animadores de bailes inesquecíveis no Círculo Militar, Piscina Territorial, AeroClub, Santana Club e mais atualmente, na Aerc (2015).


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