Nota 10

Parintins comemora 30 anos de Bumbódromo na 53ª edição do Festival de Boi Bumbá

O evento prossegue hoje com a segunda noite de disputa e se encerra no domingo no Centro Cultural de Parintins, o Bumbódromo.


Teve início na noite de ontem (29/06) a 53ª edição do Festival do Boi Bumbá de Parintins (AM) e que tem como ponto culminante a disputa e a rivalidade entre os bois Caprichoso e Garantido com levantadores, cunhãs porangas, sinhazinhas da fazenda, pajés, porta-estandartes, tuchauas, rainhas do folclore, baterias, coreografias e as toadas cantadas em uníssono pelas torcidas dos bois. O evento prossegue hoje com a segunda noite de disputa e se encerra no domingo no Centro Cultural de Parintins, o Bumbódromo.

O boi Caprichoso, da cor azul e campeão de 2017, abriu o festival desse ano com a temática “Sabedoria Popular: uma Revolução Ancestral” e brindou a sua torcida com uma performance que demonstrou que seu elenco vem com força em busca do bicampeonato, com grandes toadas, uma excelente percussão e grandes destaques individuais, como David Assayag, consagrado entre o público e a crítica como o melhor intérprete de toadas do país. A apresentação teve ainda a participação da cantora de carimbó paraense Dona Onete, cantando duas músicas e arrancando aplausos de roda.a arena, incluindo a torcida “contrária”  (como os torcedores adversários se tratam), uma que a cantora já havia participado de certames pelo boi vermelho.

O bumbá Garantido fechou a noite com o tema “Auto da Resistência Cultural” e não deixou por menos ao levar seu público ao delírio com uma coletânea de grandes toadas sob o comando do levantador Sebastião Júnior e com um show particular da cunhã poranga Isabelle Nogueira. Os batuqueiros também foram um espetáculo à parte levando a torcida vermelha ao delírio.

Os dois bois foram ousados e criativos em suas alegorias e indumentárias e ainda reservam surpresas para as noites seguintes. O público como sempre lotou as dependências do Bumbódromo ocupando  os 16,5 mil lugares divididos em dois lados para cada uma das torcidas. Segundo Telo Pinto, diretor de arena e ex-presidente do Garantido, os gastos para colocar o boi na arena foram altíssimos, em torno de 10 milhões obtidos graças investimentos públicos, privados e verbas obtidas através de leis de incentivo à cultura, como a lei Rouanet, além de outras formas de captação.

Carlos Alexandre, diretor de comunicação do Caprichoso lamentou o incêndio ocorrido em uma alegoria na véspera do iniciar o evento, mas enalteceu o esforço da diretoria e brincantes bem como o apoio do boi adversário no momento de dificuldade, afirmando que quem ganha com isso são todos os apaixonados pelo boi bumbá.

Reportagem: Célio Alício
Fotos Cláudio Rogério


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