Relíquias de São João Calábria visitam igrejas da zona norte de Macapá
Pertences do fundador da Congregação dos Pobres Servos da Divina Providência peregrinam por cidades brasileiras em alusão aos 150 anos de nascimento do santo católico
Douglas Lima
Editor
Depois de recepção no Aeroporto Internacional de Macapá, às 14h de segunda-feira, 11, sendo levadas em carreata para a Igreja Nova e Eterna Aliança, no bairro Novo Horizonte, as relíquias de São João Calábria se encontram nesta terça-feira, 12, na Igreja Nossa Senhora do Rosário, no Jardim Felicidade II, para retornar à noite para a Nova e Eterna Aliança, de onde será trasladada, amanhã, para prosseguimento da peregrinação programada para oito cidades brasileiras.
Os itens pessoais expostos são: sapatos, óculos, carta, relógio, carteira, estola e o sangue de São João Calábria trazidos ao Brasil pela Delegação Nossa Senhora Aparecida. Em Macapá, a coordenação de recepção e veneração das relíquias cabe ao padre Adriano Carminatti, da Paróquia Nossa Senhora do Rosário, que abriga religiosos da Congregação Pobres Servos da Divina Providência, organização católica fundada por São João Calábria.
As exposições das relíquias são em alusão aos 150 anos de nascimento do sacerdote canonizado, que veio à luz em 8 de outubro de 1873, filho do sapateiro Luís Calábria e da empregada doméstica Ângela Foschio, e que passou a infância e a adolescência em extrema pobreza.
Em 11 de agosto de 1901, João Calábria foi ordenado sacerdote, dedicando-se com zelo às confissões e à caridade. Os seguidores do patrono da Congregação Pobres Servos da Divina Providência cultivam a espiritualidade enraizados e alicerçados na passagem bíblica “Buscai, em primeiro lugar, o Reino de Deus e a sua Justiça, e o resto vos será dado por acréscimo”.
Em 4 de dezembro de 1954, também em Verona, onde nascera, João Calábria partiu para a Eternidade. O desenlace do religioso com a vida terrena é reconhecido como atendimento divino a um pedido dele, para perecer no lugar do então Papa Pio XII, que se encontrava muito enfermo.
“Eu prefiro morrer para que o papa viva”, pediu padre João Calábria. Pouco tempo depois ele morria e Eugenio Maria Giuseppe Giovanni Pacelli, o Papa, suplantava a enfermidade.
Durante a veneração às relíquias, uma senhora, fiel da Paróquia Nossa Senhora do Rosário, deu o seguinte testemunho:
“Ainda pouco saí da igreja, tive o privilégio de ver uma das relíquias e lembrei do que minha mãe dizia: valorize as pequenas coisas, quando tiveres triste, saudosa e eu não estiver mais aqui olhe minhas fotos e lembre do cheiro dos meus cabelos. Hoje entendo que tudo são sinais de Deus em nossas vidas seja em família ou em comunidade! Meu coração se alegrou porque temos esses presentes, PRESENTES NO MEIO DE NÓS, é lícito dizer que Deus caminha em nosso meio, vive conosco e por culpa dos nossos pecados não O reconhecemos, é um mistério os desígnios Dele! Espero poder contar pros amigos e parentes, filhos …que tive a dádiva de conhecer a história de um santo, rezar todos os dias sua coroazinha, principalmente no hospital e dizer: Eis me aqui Senhor!”
Colaboraram padre Adriano Carminatti e Marilene Costa de Oliveira
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