Nota 10

‘Santana da Amazônia’ resgata pujança histórica do segundo município do Amapá

Obra de Marlus Carvalho impulsiona as poucas referências literárias sobre a identidade cultural e social deste lugar que nos idos de mais de quatrocentos anos se tornou a porta de entrada para colonizadores portugueses, ingleses, espanhóis e holandeses, conquistando o privilégio de principal conexão entre a Europa e a região


 

Douglas Lima
Editor

 

Marlus Carvalho, geógrafo e historiador, lançou o livro ‘Santana da Amazônia’, acessível na internet, e no formato físico ao preço simbólico de apenas 12 reais, obra que magistralmente revela a importância do segundo maior município do Amapá no processo de ocupação da região norte do Brasil.

 

A obra, impressa na Gráfica do Senado, depois de aprovação do Conselho Editorial do Senado Federal, cujo presidente é o parlamentar amapaense Randolfe Rodrigues, desvenda acontecimentos que levam à compreensão da história de Santana, de forma inédita, fazendo um verdadeiro resgate da pujança de seu povo.

 

Santana da Amazônia dá grande impulso às poucas referências literárias sobre a identidade cultural e social desse lugar que nos idos de mais de quatrocentos anos se tornou a porta de entrada para colonizadores portugueses, ingleses, espanhóis e holandeses, conquistando o privilégio de principal conexão entre a Europa e a região.

 

Na manhã desta sexta-feira, 10, no programa ‘LuizMeloEntrevista’ (Diário FM 90,9), Marlus Carvalho lançou luzes sobre a obra de sua autoria, que tem tudo para chamar a atenção das autoridades da educação, pelo menos de Santana, no sentido de aproveitá-lo no currículo escolar pela historiografia nova e precisa que apresenta.

 

 

Autor do prefácio do livro, o senador Randolfe Rodrigues o aponta com um convite para mergulhar em mais de quatrocentos anos de história repleta de fatos e dados que surpreendem não apenas pelo realismo dos acontecimentos registrados, mas, sobretudo, pelos detalhes minuciosos descritos em cada página.

 

O professor Marlus Carvalho coletou documentos originais do tempo entre 1498 e 1680, chegando até a traduzi-los. Tal acervo, até então pouco visto, inclui relatos de viagens e mapas da época, de maneira que a pesquisa, tão aguçada, remete o leitor à formação social do território santanense.

 

O senador Randolfe Rodrigues, também no prefácio, informa que a descoberta de imponentes jazidas de prata e de ouro na América do Sul, na virada do século XVI para XVII, deslocou o movimento migratório do Oriente para a América e, como consequência, desencadeou um intenso período de colonização e expansão territorial.

 

O lugar amapaense foi um local estratégico nas disputas globais das cinco maiores potências mundiais do século XVII, “a ponto de Joaquim Caetano da Silva, patrono da 19ª cadeira da Academia Brasileira de Letras afirmar que em Santana ‘existe qualquer coisa de admirável’ e ser ‘um porto magnífico’, e Le Serrec e Émile Carrey declararem que Santana seria ‘a chave da América Meridional”, diz o autor.

 

 

Marlus Carvalho antecipa que os sete capítulos do livro Santana da Amazônia estão ordenados de maneira cronológica, seguindo a sequência dos principais acontecimentos que marcaram, no decorrer do tempo, a transição entre o antigo povoado de Santana até à sua elevação à categoria de município, em 17 de dezembro 1987.

 


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