Seafro e Fecaromina organizam homenagem a Iemanjá
Celebração acontece em frente ao Trapiche Eliezer Levy.
Na próxima quinta-feira, 2 de fevereiro, se comemora em todo Brasil o dia de Iemanjá, a rainha do mar. Para celebrar a data no Amapá, a Secretaria Extraordinária de Políticas para Afrodescendentes (Seafro) e a Federação dos Cultos Afro-religiosos de Umbanda e Mina Nagô (Fecaromina) realizam uma vasta programação com início previsto para as 16h, em frente ao Trapiche Eliezer Levy, em Macapá.
Na programação constam saudação à Iemanjá, com rufar dos tambores e fogos de artifícios, pronunciamento dos representantes de terreiros, entrega das oferendas e banho de cheiro, de acordo com a maré, e concentração de sacerdotes, entre praticantes, simpatizantes, representantes e autoridades para os cultos à mãe do mar.
“Para a Seafro, o dia de Iemanjá representa o fortalecimento do combate à intolerância religiosa. Em todo o país, há uma movimentação muito forte em tradição à rainha do mar. Em Macapá, estamos bem articulados, juntamente com as casas de matriz africana. Esperamos cerca de 1.500 pessoas para saudar Iemanjá”, disse Núbia Souza, secretária da Seafro.
Outros movimentos também irão fazer parte das homenagens, como o marabaixo, capoeira e hip-hop. Para os organizadores do evento, toda e qualquer forma de manifestação a favor da luta contra a intolerância religiosa deve ser protegida e emancipada por todos.
Origem
A festa remete ao ano de 1923, quando, diante da escassez de peixes em um vilarejo de Salvador (Bahia), um grupo de pescadores resolveu oferecer presentes para Iemanjá. De acordo com o relato popular, os peixes voltaram e, desde então, os pescadores pedem à rainha do mar que lhes dê fartura de pescado e um mar tranquilo.
Curiosamente, os festejos eram realizados em conjunto com a Igreja Católica até a década de 1960, quando os religiosos começaram a considerar que a festa era pagã. Atualmente, a data é celebrada por devotos do candomblé e da umbanda, em sua maioria.
Curiosidades
Uma das superstições sobre a festa de Iemanjá é sobre os presentes dados à orixá. Caso não afundem, é porque foram aceitos pela divindade. Mas, se a oferenda aparecer na superfície da água ou na areia, significa que Iemanjá não gostou do presente e o teria devolvido, causando grande frustração nos devotos.
Por isso, além das flores e perfumes, é comum pessoas oferecerem joias, acessórios, bebidas, produtos de beleza e até mesmo dinheiro, tudo para agradar a rainha do mar, que é conhecida também por ser vaidosa. Outro objeto também comum como presente é a imagem de um cavalo-marinho que, segundo a lenda, é o guardião da casa de Iemanjá e o mensageiro mais rápido da divindade.
Deixe seu comentário
Publicidade