Nota 10

Sonora Brasil: Sesc Amapá realiza programação com ritmos de raízes africanas

temática deste ano é “Culturas Bantu: afro-sonoridades tradicionais e contemporâneas”


 

Durante este fim de semana o Sesc Amapá promove em Macapá e no Mazagão o Sonora Brasil, abordando a ancestralidade africana por meio da música. A temática deste ano é “Culturas Bantu: afro-sonoridades tradicionais e contemporâneas”, trazendo os artistas acreanos Kelen Mendes, Deivid de Menezes e o grupo amapaense Berço do Marabaixo. Na sexta-feira (1º), o evento acontece no Sesc Araxá, e no sábado, no Sesc Ler Mazagão.

 

O bantu é o nome dado ao grupo etnolinguístico advindo de regiões do continente africano que hoje correspondem a Angola, Zaire e Moçambique, com destino às regiões do Maranhão, Pará, Pernambuco, Alagoas, Rio de Janeiro e São Paulo. A contribuição linguística dos bantus é o traço mais expressivo da presença destes povos no Brasil.

 

Resgatando essas raízes, o primeiro dia de Sonora Brasil vai ter um intercâmbio com os shows “Ancestralidade Afro-Latina – sonoros saberes”, “Bantu: afro-sonoridades tradicionais e contemporâneas” e “Marabaixo: tradição, fé e resistência”. Além dos shows, terá apresentação de grupo de capoeira, venda de biojoias, exposição de artes visuais e a presença de trancistas. O intercâmbio acontece no salão de eventos do Sesc Araxá a partir das 19h.

 

 

O segundo dia traz a oficina “Ancestralidade Afro-Latina: Influências Bantu no Brasil”, falando dos instrumentos de percussão. A programação será no Sesc Ler Mazagão, a partir das 8h30.

 

Kelen Mendes tem a força das amazônidas no seu canto. O seu trabalho envolve observações sobre a cultura da região, cercada de sons, tradições, seres imaginários e a mistura da formação do povo brasileiro. É o caso da música afro-indígena, por assim dizer, mescla da cultura negra, vinda especialmente do Pará e Maranhão, com as culturas dos povos originários, e dos povos andinos. Ritmos como samba, reggae, baião, funk, estão presentes em todos os seus trabalhos, do EP Inundação (2008) aos CD’s Rio Acre (2018) e Ancestralidade (2020-2022), e dialogam com temas universais como a questão da sororidade, feminismo, política, e a consciência ambiental.

 

Deivid Menezes, ou Telúrico, seu nome artístico, é um dos artistas mais conhecidos da cena cultural acreana. Ele é compositor, arranjador, multi-instrumentista, professor, e pesquisador de musicalidades do Acre. Já lançou quatro álbuns, Poemas Di’minuto (2018), Arte Musiva (2020), Da mata ao som (2020), Tambores da terra (2021), e prepara um quinto trabalho, “Acre latino-americano”, onde interpreta canções da Bolívia, Colômbia, Peru, Argentina, além de músicas acreanas e composições autorais.

 

Sonora Brasil

Evento promovido pelo Sesc desde 1998, o projeto apresenta programações musicais e faz parte da proposta de desenvolvimento das artes, com enfoque na valorização, na preservação e na difusão do patrimônio cultural brasileiro.

 


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