Acusado de aplicar golpe do perfil falso usa 200 chips em único dispositivo
Indivíduo de 53 anos foi preso em ação integrada das polícias civis do Amapá e Ceará
Elen Costa
Da Redação
Agentes da Polícia Civil da 9ª Delegacia da Capital, integrados com policiais civis do estado do Ceará, por meio da Delegacia Regional de Maracanaú, efetivaram a captura e deram cumprimento a um mandado de prisão preventiva contra um indivíduo de 53 anos, acusado de praticar fraudes eletrônicas no Amapá. A prisão ocorreu nesta quarta-feira, 19, naquela cidade.
O responsável pelo inquérito policial, delegado Nixon Kennedy, disse que os suspeitos, que são padrasto e enteado, passaram a ser investigados por terem aplicado o golpe do perfil falso nas redes sociais, no qual as vítimas são ludibriadas com conversas ardilosas em aplicativo de mensagem.
“Eles induziram a erro dezenas de vítimas e obtiveram vantagens financeiras com isso, causando grande prejuízo econômico, operando tratativas maliciosas pela rede mundial de computadores”, explicou Kennedy.
De acordo com os levantamentos policiais, os investigados interagiam com as vítimas, que possuem processos tramitando na Justiça do Amapá, e, se passando por advogado delas, solicitavam o pagamento de determinada tarifa judicial.
“É relevante destacar que todas as linhas telefônicas utilizadas pelos investigados para entrar em contato com as vítimas, foram registradas em nomes de diversas pessoas aleatórias, as quais também são vítimas, provenientes de diferentes estados da federação, configurando crimes interestaduais”, detalhou o delegado.
Nos últimos três dispositivos utilizados pelos acusados foram inseridos quase 200 chips telefônicos.
“Uma quantidade absolutamente atípica de utilização normal, o que permite inferir que eles praticavam os golpes de forma contumaz”, ponderou a autoridade policial.
O outro investigado também teve a prisão decretada e segue foragido. Outras vítimas de vários estados foram identificadas.
O homem preso já responde pelo crime de estelionato praticado no estado do Ceará.
Os investigados foram indiciados pelos crimes de falsidade ideológica e fraude eletrônica (modalidade de estelionato).
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