Acusado de crimes ambientais é indiciado pela Polícia Civil em Laranjal do Jari
Na época, polícia conseguiu apreender grande quantidade de madeira processada
A Polícia Civil, por meio da Delegacia Especializada em Crimes Contra o Meio Ambiente (Dema), concluiu o inquérito, cujas investigações tiveram início em 2023, e que trataram de incêndio e desmatamento em floresta ocorridos no município de Laranjal do Jari.
Segundo o delegado Wellington Ferraz, titular da especializada, durante a ‘Operação Protetores do Bioma’ os agentes estiveram em uma propriedade rural situada no Ramal do Igarapé do Meio, onde ficou demonstrado, ao longo dos levantamentos, que o ‘posseiro da área’, teria colocado fogo na vegetação de forma intencional.
“Esse fato gerou danos a várias espécies nativas. Além disso, foram praticados desmatamentos ilegais, através de cortes seletivos, em vários pontos em área de mata fechada, todos devidamente visitados por nossas equipes e periciados pela Polícia Científica”, disse Ferraz.
Na ação a polícia conseguiu apreender uma grande quantidade de madeira processada, que foi apresentada em depósito na sede do município.
“À época dos fatos estávamos vivendo um calor extremo, por conta de questões climáticas e da intensa estiagem no estado, o que favoreceu a ocorrência de diversos focos de incêndio, muitos vezes criminosos, como o que o investigado praticou, ocasionando assim, problemas de toda ordem, inclusive respiratórios na população em geral”, explicou o delegado.
No interrogatório, o investigado alegou que colocou fogo na área e teria perdido o controle do fogo, que se alastrou para outras áreas. Quanto ao desmatamento, o sujeito alegou em sua defesa que seria para utilização de obras em seu próprio terreno.
A autoridade policial destacou, ainda, que a quantidade de pontos observados, os ramais abertos na área de floresta nativa, o incêndio proposital, as madeiras processadas em formato comercial, o tipo de madeira e a volumetria observada, não condizem com os argumentos de defesa alegados pelo investigado, o qual foi indiciado pelas práticas dos crimes de provocar incêndio e desmatamento em floresta.
O inquérito policial foi concluído e remetido ao Poder Judiciário.
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