Polícia

Acusado de matar Elizeuda é condenado a 16 anos de prisão

Ministério Público diz que vai pedir aumento da pena. Defesa vai recorrer da decisão


Elden Carlos

Da Redação

O conselho de sentença do Tribunal do Júri da Comarca de Macapá condenou na noite de terça

(20) a 16 anos e quatro meses de prisão o réu Jackson Rodrigues Nepomuceno, que foi denunciado pelo Ministério Público do Amapá (Mp-AP) pelo assassinato de Elizeuda Freitas da Silva, morta com 27 facadas na noite de 28 de março de 1999, no interior de um apartamento onde ela morava, no Centro de Macapá.

De acordo com a leitura de sentença, proferida pelo juiz Luiz Nazareno Hausseler, foram considerados o motivo torpe e a impossibilidade de defesa da vítima. Apesar da condenação, o Ministério Público afirmou que vai pedir o aumento da pena para no mínimo 20 anos. A defesa de Nepomuceno alegou que vai recorrer da sentença.

Após a leitura da sentença o condenado foi transferido para o Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen) onde ele já se encontrava preso desde o ano passado.

O caso

Segundo acusação do Ministério Público do Amapá, com base nos autos do processo, no  dia 28 de março de 1999, Elizeuda Freitas da Silva, de 26 anos, foi encontrada morta no apartamento onde morava,no centro comercial de Macapá. Ela foi morta com 27 facadas.  O caso ficou conhecido como o ‘Crime da Casa Chama’.

Duas pessoas chegaram a ser presas há época, sendo uma delas um professor que era vizinho da vítima e que passou quatro anos preso. O professor e o outro suspeito acabaram inocentados da acusação em 2012.

Ainda de acordo com o MP, a última pessoa vista com Elizeuda na noite do crime foi Nepomuceno, que há época trabalhava como porteiro em outro prédio. Consta nos autos que depois do crime ele procurou atendimento médico em uma unidade de saúde com um corte na mão.

No dia seguinte ao assassinato, segundo os autos do processo, ele teria largado o emprego, esposa, e fugiu de Macapá. Na empresa onde trabalhava, alegou que o pai havia morrido e precisava ir embora. Na época, Nepomuceno tinha 20 anos de idade.

Diante das provas contra ele, a Justiça decretou sua prisão temporária e depois a preventiva. Em 2002, ele foi preso no Rio de Janeiro e recambiado a Macapá, mas acabou sendo beneficiado por um habeas corpus, voltando a ser preso no ano passado.


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