Acusados de degolar jovem morrem em confronto com forças de segurança
Troca de tiros aconteceu em área de pontes do bairro Jardim Felicidade II, zona norte de Macapá, a poucos metros do local onde ‘Vitinho’, como era conhecida a vítima, foi brutalmente assassinado
Elen Costa
Da Redação
Dois criminosos suspeitos de envolvimento na barbárie que vitimou o jovem Vitor Emanuel de Azevedo Cherica, de 19 anos de idade, morreram na noite dessa terça-feira, 30, ao resistir à abordagem e se confrontarem com as forças de segurança do estado.
A troca de tiros aconteceu em uma área de pontes da avenida Álvaro Carvalho Barbosa, no bairro Jardim Felicidade II, zona norte de Macapá, a poucos metros do local onde Vitinho, como era conhecida a vítima, foi brutalmente assassinado.
O delegado Mauro Ramos, da Delegacia de Homicídios, responsável pela investigação, disse que logo após tomar conhecimento da morte do rapaz, a Polícia Civil, de maneira integrada com a inteligência da Polícia Militar, iniciou os levantamentos para identificar os autores da crueldade e a real motivação do crime.
Em menos de 24 horas os suspeitos foram identificados. No intuito de efetuar a prisão em flagrante deles, foram feitas as devidas diligências com o auxílio do Bope, Batalhão de Força Tática, 2º Batalhão e Grupo Tático Aéreo (GTA).
Com a chegada das equipes ao local onde os acusados estavam escondidos, foi feito o cerco policial e os elementos resistiram às ordens policiais de rendição, passando a atirar contra os agentes, dando início ao tiroteio que resultou na morte de Gabriel Silva da Silva, o ‘GB’, de 19 anos, que tinha passagem por tráfico de drogas, e G. D. V. A., de 17, ambos pertencentes a uma facção que atua no Amapá.
Na casa onde os bandidos estavam foram encontradas várias porções de substâncias entorpecentes, balança de precisão, um rádio comunicador e as duas armas de fogo que eles usaram para enfrentar os policiais.
Sem antecedentes
Conforme as investigações policiais, Vitor Emanuel, que era morador do bairro São Lázaro, não tinha antecedente nem envolvimento com o submundo do crime. O jovem trabalhava em um minibox e teria ido a um estúdio de tatuagem naquela região, dominada por uma organização criminosa, na companhia de uma amiga, uma adolescente de 14 anos de idade.
“No momento que ele [Vitor] estava realizando o procedimento, ele foi abordado por um grupo de aproximadamente seis indivíduos, retirado dali e levado para um local isolado, onde foi questionado a respeito de onde morava, o que ele fazia da vida; fizeram várias perguntas tentando relacionar ele a uma determinada facção criminosa e, ainda assim, sem nenhuma confirmação, nenhuma constatação do envolvimento dele no crime organizado, eles optaram por ceifar a vida da vítima”, detalhou Mauro Ramos, acerca da dinâmica do assassinato.
Investigações
Os apontamentos iniciais revelam que além de Gabriel e Gilmar, pelo menos, outros quatros criminosos participaram da barbárie. “Sabemos que nessa região, como em outras, o crime não é perpetrado por uma única pessoa, vem uma ordem. Então, nosso trabalho agora é identificar os outros possíveis autores e, principalmente, o mentor intelectual”, disse a autoridade policial.
O crime
O crime bárbaro, com requintes de crueldade, aconteceu na tarde de segunda-feira, 29. Vitor Emanuel foi encontrado morto dentro de uma casa, em uma área de pontes da rua Josefa Pelaes da Silva, no bairro Jardim Felicidade II.
O jovem estava com os pés e as mãos amarrados por um fio. Ele tinha um profundo e extenso golpe no pescoço, e por pouco não foi decapitado.
A menor que acompanhava a vítima foi torturada. Há informações de que ela tenha presenciado toda a brutalidade feita com Vitor Emanuel, e que ele tenha sido degolado ainda vivo.
“Sabemos também que o jovem que morreu, como a adolescente, foram torturados. Por se tratar de uma menina, estamos tendo todo o cuidado, a delicadeza, para não expor essa garota, mas chegar aos demais envolvidos”, assegurou a autoridade policial.
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