Advogado revela estar sendo ameaçado nas redes sociais

Helder Afonso, membro da Comissão de Prerrogativas do Advogado da OAB-AP, revelou na manhã deste sábado, 15, no programa Togas&Becas (Diário FM 90,9), que vem sendo ameaçado nas redes sociais por ter postado áudio em que se manifesta sobre os acontecimentos de segunda-feira de madrugada, envolvendo policiais militares e assaltantes, que redundaram na morte do vigilantes da entidade, Adriano Fortunato da Sila, 30 anos.

O advogado disse acreditar que as ameaças não partem de policiais militares nem de pessoas ligadas a eles, mas de gente que defende a violência pura e simples, do tipo que acha que bandido bom é bandido morto, de preferência sepultado em pé para não ocupar espaço.

“Acontece que não estamos tratando de bandido, mas de um inocente morto pela polícia”, ressaltou Helder Afonso, que aponta o vigia Adriano como pessoa de bem que estudava para fazer concurso na hora em que foi alertado pela presença da polícia atrás de bandidos que teriam entrado no banco Santander, vizinho de trás da sede da OAB-AP.

O advogado Helder disse que defende Adriano porque já o conhecia de boa índole há quatro anos como vigia da OAB, não usava arma em serviço, e mesmo porque um dos bandidos presos declarou na Polícia Civil que não conhecia o vigia, que nunca o vira antes.

“O Adriano, ao que tudo indica, foi vítima de um homicídio, mas a OAB está tomando providência; a Polícia Federal trabalha no caso, inclusive com as imagens do que ocorreu no interior da OAB, naquela noite”, ressaltou Helder Afonso.

Em entrevista coletiva, no meio da semana, o vice presidente da Ordem dos Advogados do Brasil no Amapá, Auriney Brito, disse que a sala de informática da OAB foi arrombada e os computadores revirados pelos policiais, atrás do DVRk, o aparelho que grava as imagens das câmeras de segurança.

O advogado Helder Afonso reconheceu que os ânimos ainda estão muito exaltados pelos acontecimentos de segunda-feira, mas que dá para deduzir a morte do vigia Adriano Fortunato da Silva como um assassinato.

“Temos isso conosco, mas vamos esperar o resultado das investigações da Polícia Federal, e num primeiro momento, o laudo cadavérico do querido Adriano, que poderá dizer se ele foi atingido durante troca de tiros ou covardemente morto, provavelmente confundido com um dos bandidos”, concluiu Helder Afonso.

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