Polícia

Amapá participa da construção do Plano Tático Integrado de Segurança Pública para Amazônia

Estado é o quarto visitado pela Damaz para debater melhores direcionamentos financeiros e operacionais para proteção da região


 

Elen Costa
Da Redação

 

Na última segunda-feira, 11, tiveram início os debates para elaboração do Plano Tático Integrado de Segurança Pública para Amazônia (PTI) no Amapá. O planejamento reúne órgãos de defesa social do estado e tem o objetivo de definir as diretrizes, em nível tático, das ações específicas e responsabilidades de cada entidade para a criação do plano final, que irá englobar as estratégias dos estados da Amazônia Legal.

 

O evento, que encerrou nessa quarta-feira, 13, está sendo coordenado pela Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), pela Diretoria da Amazônia e Meio Ambiente (Damaz), entidade de repressão aos crimes ambientais do governo federal, no âmbito da Polícia Federal (PF), e pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp).

 

 

A meta é combater e reduzir o desmatamento na região amazônica ao menor índice possível até o final de 2026, além de estreitar as relações de trabalho entre as instituições, intensificando as operações integradas de segurança, focando em medidas preventivas e respostas rápidas.

 

O foco do novo processo é mudar, efetivamente, o sistema de segurança na Amazônia Legal que tem 6,5 milhões de quilômetros quadrados, sendo 65%  em região brasileira.

 

O PTI faz parte do Plano Amazônia: Segurança e Soberania (Plano Amas) e envolve os nove estados que compõem a Amazônia Legal: Amapá, Acre, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Roraima, Rondônia e Tocantins.

 

O Amapá é o quarto estado visitado pela Damaz para debater os melhores direcionamentos financeiros e operacionais para a proteção da região Amazônica, combate aos crimes ambientais, além da consciência dos direitos humanos e sociais de quem habita na floresta.

 

No estado, a comissão da segurança pública para a elaboração do plano será presidida pelo setor de Estratégia Nacional de Segurança Pública nas Fronteiras (Enafron/Sejusp) e terá como membros integrantes da Polícia Civil, Polícia Militar, Polícia Penal, Polícia Científica, Corpo de Bombeiros, Polícia Rodoviária Federal e Polícia Federal.

 

 

“É um plano que vai buscar atender e observar as nossas peculiaridades, as nossas demandas, dando enfoque, principalmente, ao desmatamento ilegal”, disse, secretário José Neto, da Sejusp, acrescentando que a gestão integrada será o diferencial para o sucesso do PTI no Amapá, e que um dos principais objetivos do Plano Amas é angariar recursos para as forças, para o enfrentamento aos crimes ambientais.

 

Durante os debates dois pontos, além do desmatamento, foram destacados. Os garimpos ilegais e o narcotráfico, que são duas situações que acabam gerando lucros para os grupos criminosos que veem a oportunidade de expandir a criminalidade por meio dos pontos estratégicos que a Amazônia brasileira tem com outros países.

 

De acordo com trabalho de inteligência da Senasp, em muitos casos, uma rede de criminosos relacionados, tanto ao narcotráfico quanto a crimes ambientais, controlam e disputam rotas importantes do tráfico, além de adentrar em territórios indígenas e ribeirinhos.

 

No Amapá, os exemplos são o Porto de Santana e as duas fronteiras internacionais, com a Guiana Francesa, ao norte, e com o Suriname, ao noroeste. O estado também faz fronteira com o Oceano Atlântico ficando geograficamente mais próximo de grandes mercados consumidores, como Estados Unidos e Europa, além do Platô das Guianas e Caribe.

 


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