Polícia

Amapá reduz em mais de 30% as mortes violentas

Estado vem enfrentando ação das organizações criminosas com estratégias, investimentos, valorização dos servidores e nomeação de novos agentes


 

Elen Costa
Da Redação

 

Nos primeiros seis meses de 2024 foi registrada uma redução de 32% nos registros de Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI), no Amapá, se comparado com o mesmo período no ano passado.

 

Os índices, divulgados pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), mostram que, no total, foram 175 vítimas de CVLI em 2023, contra 119, neste ano. Os parâmetros continuam seguindo os dados de redução apresentados em janeiro de 2024, quando foi registrada queda de 60%, comparado ao ano anterior.

 

No programa LuizMeloEntrevista (Diário FM 90,9) desta sexta-feira, 19, o secretário se segurança pública em exercício, Marco Scaliso, atribuiu o alto índice de violência, em 2023, à guerra entre as organizações criminosas.

 

“É importante a gente contextualizar números. Quando falam que a cidade de Santana e o estado do Amapá são os mais violentos do país, é bom que a gente explique. Em 2022, duas facções se uniram e formaram uma só. Porém, no fim do ano elas romperam novamente, o que gerou uma guerra incontrolável dos grupos criminosos, e isso, é claro, elevou os assassinatos”, detalhou Scaliso.

 

Em números gerais, o CVLI engloba os crimes de homicídio, latrocínio, feminicídio e lesão corporal seguida de morte. No Amapá, neste primeiro semestre, houve diminuição em todas as situações. Destaque para homicídios, que ano passado registraram 153 vítimas, contra 113, em 2024, uma redução de cerca de 27%. Lesão corporal seguida de morte também caiu em 75% o registro de vítimas.

 

O estado vem enfrentando a ação das organizações criminosas com estratégias, investimentos, valorização dos servidores e nomeação de novos agentes. O secretário reforçou que o estado vem sendo destaque por estar apresentando resultados positivos contra a criminalidade.

 

“Já no primeiro trimestre deste ano, nós apresentamos dados importantes de redução na violência. O nosso estado ficou como o segundo da Federação a reduzir o CVLI, de acordo com o compilado de informações do Ministério da Justiça e cremos que continuaremos nesta escala de contração, possibilitando a segurança e tranquilidade para nossa população”, destacou.

 

Marco Scaliso reforçou que o trabalho integrado das forças de segurança, as estratégias certeiras com estudos dos setores de inteligência, e a deflagração de operações, foram cruciais para reprimir os delitos.

 

“A partir de outubro, quando os resultados das operações começaram a aparecer, verificou-se a redução significativa dos números de ocorrências de CVLI, tendo a atuação efetiva das equipes policiais nas operações Hórus, Paz e Mute, além da apreensão de armas e drogas. O trabalho continua atualmente com a Operação Protetor apresentando o mesmo saldo positivo no combate ao crime”, assegurou o gestor.

 

Nestes seis primeiros meses de trabalho policial, 226 armas já foram retiradas do poder de criminosos. O aumento na apreensão desses objetos iniciou, ainda, em 2023, quando 539 armas de fogo foram apreendidas em todo o estado. O número correspondeu a um aumento de 33,42%, comparado a 2022, quando foram recolhidas 404 armas de fogo.

 

Sobre o título de ‘polícia mais letal do país’, o titular da Sejusp garantiu que nos estados onde o CVLI tem o índice elevado, consequentemente, o número de letalidades policiais também tende a aumentar.

 

“Se as facções estão em guerra, onde os criminosos não têm nada a perder, e saem para atacar, matar rivais, a polícia está no meio disso e vai agir, ou reagir, com certeza”, finalizou Marco Scaliso.

 


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