Polícia

Amapá registra redução de mais de 55% nos crimes violentos letais no primeiro mês do ano

É o melhor índice divulgado nos últimos 10 anos segundo a Sejusp.


 

A Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) do Amapá divulgou dados significativos referentes aos crimes violentos letais, com redução de mais de 55%, neste primeiro mês do ano, no número de homicídios, comparado com o mesmo período em 2023. O índice é o melhor registrado nos últimos 10 anos no estado.

 

De acordo com os levantamentos, em janeiro do ano passado foram registrados 36 homicídios em todo o Amapá. Já em 2024, o mês fechou com 16 ocorrências desta natureza.

 

 

Para José Neto, secretário da Sejusp, estratégias de enfrentamento à criminalidade e investimentos na segurança pública foram pontos primordiais para os resultados alcançados.

 

“Destacamos a cidade de Macapá, especificamente, onde a redução é de mais 75% dos números de assassinatos”, explicou o gestor da pasta.

 

Na capital amapaense, no primeiro mês de 2023 foram registrados 20 crimes letais. Este ano, o monitoramento estatístico da Sejusp apontou cinco ocorrências de homicídios.

 

 

O município de Santana apresentou queda de 50%. Em janeiro do ano passado foram 12 contra, e este ano foram registrados até o dia 31, seis.

 

O secretário detalhou que no final de 2022 e início de 2023, os crimes passaram por um momento mais acentuado no Amapá devido ao confronto entre os grupos criminosos rivais. Porém, a partir de março do ano passado, depois de identificada a causa principal desses crimes, várias estratégias ostensivas, investigações dos setores de inteligência da segurança e operações foram deflagradas no estado.

 

“Em setembro, os índices começaram a reduzir significativamente tendo a atuação das equipes policiais nas operações Hórus, Paz e Mute, que resultaram em uma queda de 54,76% no número de crimes violentos e a apreensão significativa de armas e drogas”, destacou José Neto.

 

 

No início da Operação Paz foram 42 registros de assassinatos no Amapá. Um mês depois o registro caiu para 19 ocorrências deste tipo.

 

O Amapá foi citado em rede nacional pelo ministro interino de Justiça e Segurança Pública, Ricardo Cappelli, que mencionou o estado como exemplo de gestão eficaz no combate aos grupos criminosos. Capelii enalteceu, ainda, a integração das forças de segurança.

 

Na última segunda-feira, 1º, o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), divulgou dados onde mostra que o Brasil registrou 40,5 mil homicídios dolosos (com intenção de matar), feminicídios, latrocínios e lesões corporais seguidas de morte, diante de 42.190 em 2022, o que representa redução de 4%.

 

 

Segundo os dados do MJ, o Amapá apresenta aumento de 45,5% em relação aos homicídios, dentro dos crimes classificados como violentos letais intencionais. A Secretaria de Justiça esclareceu que, mesmo com resultados positivos apresentados no último trimestre de 2023, a somatória final, devido aos confrontos entre os grupos criminosos no início do ano passado, ainda deixou o Amapá com um patamar elevado diante dos quesitos adotados para referenciar os dados.

 

José Neto afirmou que todas as ações serão mantidas para que a redução apresentada nos últimos meses do ano passado continue.

 

O gestor pontuou também que, do percentual apresentado, 80% são referentes a homicídios de infratores, mortos pelos grupos criminosos pela disputa de território para, principalmente, a prática do comércio ilegal de drogas.

 

 

Armas

Ano passado foram apreendidas 539 armas de fogo em todo o estado. O número corresponde a um aumento de 33,42%, comparado ao ano anterior, quando foram recolhidas 404 armas de fogo.

 

O maior número de apreensões foi de revólveres e pistolas, armas definidas como de porte, que são as que podem ser carregadas junto ao corpo. Ao todo, foram 343 dispositivos retirados de circulação.

 

As outras armas foram: 211 revólveres; 132 pistolas; 32 armas artesanais; 127 espingardas; 1 rifle; 1 fuzil; 1 garrucha; 7 carabinas e 27 outras armas não especificadas nos registros de apreensões.

 


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