Após quatro anos, acusados de homicídio são inocentados
Felisberto e Israel foram acusados de assassinar, em 2006, Lex Mara Teles. Promotoria afirmava que Felisberto tinha tramado a morte da mulher, depois que ela decidiu desfazer a troca de um terreno
O Conselho de Sentença da 1ª Vara do Tribunal do Júri de Macapá inocentou nessa segunda-feira, 26, Felisberto Alves Moraes, 62 anos, e Israel Pereira da Silva, de 33, da acusação de homicídio triplamente qualificado que teve como vítima Lex Mara da Silva Teles, 41 anos, que desapareceu no dia 9 de março de 2006, logo após sair de sua casa, em Macapá, para uma consulta médica.
O corpo da vítima foi encontrado em estado de decomposição, dois dias depois, em um ramal da Ilha Mirim, zona oeste da capital. De acordo com o Ministério Público do Amapá, os réus teriam tramado a morte de Lex Mara depois que ela resolveu desfazer uma negociação comercial com Felisberto, acusado de ser o mentor e agir diretamente na execução do plano orquestrado para matar a vítima.
A sustentação da Promotoria foi de que Felisberto, contrariado com a decisão de Lex Mara de cancelar a negociação de um terreno, passou a ameaçá-la publicamente de morte. O inquérito policial foi concluído em 2010, e a denúncia ofertada em janeiro de 2011. Durante toda a instrução processual os réus negaram a autoria do crime.
Em maio de 2013, Felisberto e Israel foram pronunciados pela Justiça, que marcou o primeiro júri para o dia 20 de fevereiro do ano passado, mas o julgamento foi suspenso pela ausência do advogado de Felisberto.
No dia 10 de julho do ano passado, novamente o júri foi cancelado pela falta de testemunhas decisivas para o caso. No julgamento ocorrido nessa segunda-feira, 26, Felisberto não compareceu ao Fórum e foi julgado à revelia.
Israel manteve a negativa de autoria. O Ministério Público pediu a absolvição de Israel e a condenação de Felisberto, mas os jurados acataram a tese da defesa, inocentando os acusados do crime.
Com isso, o juiz João Guilherme Lages Mendes julgou improcedente a denúncia do crime de morte, absolvendo os réus. A Promotoria disse que vai recorrer da sentença.
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