Assaltantes que transmitiram crime pelo Facebook estavam drogados, diz polícia
Dupla rendeu uma família no bairro Jardim Marco Zero. Ação com reféns foi transmitida por ele, ao vivo, pelo Facebook
Para o comandante do Batalhão de Operações Especiais (Bope), tenente coronel Paulo Matias, os dois protagonistas de um assalto com reféns ocorrido na noite de sexta-feira (28) em uma casa no bairro Jardim Marco Zero, e cuja ação foi transmitida ao vivo pelo Facebook por um dos criminosos, estavam sob efeito de drogas.
É o que afirmou o comandante na manhã desta segunda-feira (30) ao programa LuizMeloEntrevista (Diário 90,9FM). “O Rômulo da Silva Campos, de 22 anos, que fez a transmissão, e o menor de idade, são usuários de drogas, segundo confirmação dos próprios familiares. Depois que a crise foi encerrada, eles admitiram ter feito uso de substância psicoativa (crack) para cometer o crime.
Durante a transmissão é possível ver que eles ouvem música e sorriem o tempo todo. Era um estado de euforia causado pela droga. Felizmente conseguimos gerenciar a crise da melhor forma possível”, disse.
Porém, o comandante lembrou que a droga usada pelos assaltantes provocou um estado de fúria em determinado momento da ocorrência. “Eles agiram com extrema violência momentos depois contra o proprietário do imóvel. O homem recebeu socos e chutes, além de coronhada que abriu um ferimento grave na cabeça do cidadão”, revelou.
Para a polícia a audácia de transmitir o assalto ao vivo pela rede social também está diretamente ligada ao uso da droga. “Naquele momento eles mostram que não temem nada e querem ‘ostentar’ diante de uma situação tão grave. Felizmente acabou tudo bem, mas poderia ter sido algo bem pior”, concluiu.
Negociadores do Batalhão de Operações Especiais levaram cerca de 3 horas para conseguir a libertação dos reféns e rendição dos assaltantes. Além de Rômulo, um menor de 17 anos participou do crime. Eles deixaram a casa protegidos por coletes e levando como escudo humano duas vítimas.
Após a prisão e apreensão a dupla foi levada ao Centro Integrado em Operações de Segurança Pública (Ciosp) Pacoval. De lá o menor foi conduzido até a Delegacia Especializada na Investigação de Atos Infracionais (DEIAI).
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