Aumenta número de ‘coiotes’ em Oiapoque; PC reforça operações
Polícia Civil aumentou a fiscalização e operações de combate aos coiotes e traficantes
A Polícia Civil (PC) no município fronteiriço de Oiapoque, distante 590 quilômetros da capital, Macapá, aumentou as operações de combate ao tráfico de drogas, armas e de seres humanos naquela região que faz fronteira com a Guiana Francesa, e que tem uma extensão de 730 quilômetros de faixa de terra.
De acordo com o delegado Charles Corrêa, titular da PC em Oiapoque, esse reforço nas operações se deu, principalmente, pelo aumento crescente de ‘coiotes’ que levam imigrantes clandestinos do Brasil para a Guiana Francesa.
“Esses coiotes recebem entre R$ 300 a R$ 1 mil, por pessoa, e seguem por duas rotas. A principal delas tem sido a fluvial. Eles utilizam voadeiras ou grandes canoas de madeira para fazer a travessias desses clandestinos. A viagem pelo oceano – partindo de Oiapoque – dura em média 8 horas. O destino é a Guiana Francesa e o Suriname”, revela o delegado.
Dentro dessas embarcações não existem coletes salva-vidas, a água que eles levam é pouca e a superlotação também é outro complicador durante a travessia, tendo em vista as turbulências no meio do oceano.
Por se tratar de viagens clandestinas, algumas pessoas (coiotes e imigrantes) já teriam desaparecido durante a tentativa de entrar em território francês, mas por falta de informações os casos nunca foram tratados como oficiais.
Outra rota identificada pela polícia é a que sobe pelo rio Oiapoque, vai até a comunidade de Ilha Bela, continua pelo rio Siquini, no sul da Guiana Francesa, chegando à rodovia que dá acesso às cidades de Saint Georges e Caiena. Toda essa operação conta com uma parceria muito forte entre os coiotes brasileiros e os coiotes franceses.
“Temos na verdade uma rede internacional de coiotes. Eles são articulados e tem uma relação muito estreita nos negócios que, na maioria das vezes, é altamente lucrativa”, declara o delegado Charles Corrêa.
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