Polícia

Bope realiza treinamento real e avisa população para não ser surpreendida

Ação, no fim da tarde deste quinta-feira, 9, simula combate a crimes do novo cangaço e tomada de cidades


 

Elen Costa
Da Redação

Nesta quinta-feira, 9, o Batalhão de Operações Especiais (Bope), da Polícia Militar (PM), fará treinamento real no bairro Santa Rita, em Macapá, e alerta os moradores.

A simulação de combate ao novo cangaço e tomada de cidades acontecerá às 18h, em uma empresa de transporte de valores na avenida Raimundo Álvares da Costa, no bairro Santa Rita, próximo à Praça do Poeirão.

Recentemente, um treinamento semelhante, realizado pela Companhia Fluvial, do Batalhão Ambiental (BA), ocorreu em Mazagão Velho e causou certo reboliço naquela comunidade.

“Nós faremos a simulação de roubo a uma instituição financeira, que mexe transporte de valores. Essas ações acontecem bastante no Nordeste e no Centro-Oeste. Aqui no Amapá nunca houve, mas já estamos nos preparando para que caso venha a acontecer, a gente consiga intervir de forma satisfatória e venhamos a dar resultado com menor dano possível à sociedade, porque esse tipo de ação criminosa expõe muito o cidadão de bem, tomado como refém, amarrado em capôs de veículos do bando, servindo de escudo humano para que não haja o confronto da polícia”, explica o major Wilkson, comandante interino do Bope.

O major enfatiza, ainda, que esta é um tipo de ação complexa, uma vez que os criminosos sempre utilizam explosivos para abrir os cofres.

“A gente vai simular essa ação também. Em seguida, sairemos do ambiente do crime, deslocando com armamento de grosso calibre, normalmente metralhadora ponto 30 ou ponto 50, além de fuzil 762. Ao longo de todo o trajeto eles colocam barreiras para que a polícia não possa segui-los, queimando ônibus nas portas dos quartéis, para que as tropas não consigam sair. Então, tudo isso será simulado. Por isso, estamos informamos a população para que evite trafegar no perímetro onde vai ocorrer, para evitar transtornos, inclusive, os moradores daquela área. São pessoas tradicionais, antigas, e não queremos que ninguém seja surpreendido com a movimentação de viaturas e tiros, que serão de festim. Não pretendemos causar nenhum pânico”, assegura o militar.

O roteiro do simulado prevê uma ação dinâmica e, de acordo com o comandado Bope, não será pontual, ou seja, não vai ser apenas na empresa de transporte de valores.

“Iremos sair do quartel, como se tivéssemos sido acionados, enfrentar os anteparos no percurso; haverá o deslocamento dos criminosos da empresa com o acompanhamento tático, de forma segura, para que não coloque em risco a vida das vítimas”, disse ele. O horário escolhido, também foi para chegar o mais próximo da realidade, conforme detalha o major.

“Sabemos que é um horário de grande fluxo, de pico e, por isso, vamos tentar evitar ao máximo os transtornos, mas é necessário que a população entenda que a nossa unidade tem que se manter preparada para ocorrências como essa. Então, precisa ser uma simulação em horários como esse, para que todos vejam o caos que é causado com ocorrências dessa natureza. Poderíamos fazer em outros horários, mas não seria tão real”.

Todo efetivo do Batalhão de Operações Especiais participará do treinamento. A simulação terá o apoio do Batalhão de Policiamento de Trânsito (BPTran) e dos batalhões de área.

“Já prevendo algum eventual transtorno, vamos estar preparados com uma ambulância e equipe de urgência e emergência, com todo amparo médico, para que caso alguém necessite de atendimento, a gente consiga socorrer”, finalizou Wilkson.


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