Polícia

Briga de casal termina com marido assassinado

Defesa da mulher afirma que ela estaria sendo agredida e esganada pelo marido quando se armou com a faca para se defender.


Um homem identificado como Fabrício Sérgio da Silva Barbosa, de 24 anos, foi morto com uma facada no abdômen na noite de domingo, 2, após supostamente ter agredido a própria esposa, Jacilene Marinho Pantoja, de 24 anos, que foi a autora do golpe. O crime ocorreu na residência do casal, no bairro Buritizal, zona sul de Macapá.

Fabrício e a esposa estavam juntos há quatro anos. Dessa relação eles tiveram um filho que hoje está com 1 ano e 8 meses. Eles administravam um pequeno negócio do ramo alimentício. Segundo a defesa de Jacilene, o homem teria chegado em casa bêbado e após uma discussão passou a agredir a mulher que teria usado uma faca de cozinha para se defender. “Ela estava sendo esganada por ele quando conseguiu pegar uma faca para se defender. Ela apenas se defendeu de seu agressor”, declarou o advogado Marcelino Freitas, que assumiu a defesa da jovem.

Na versão da defesa, a mulher acionou o socorro médico e acompanhou o marido até o Hospital de Emergências de Macapá (HEM), onde momentos depois os médicos informaram o óbito. Ela seguiu para a delegacia onde se apresentou espontaneamente, prestou depoimento e foi liberada para aguardar a abertura do inquérito em liberdade.

Outra versão
Na tarde desta segunda-feira (3) em entrevista ao Diário, a família de Fabrício Barbosa contestou veementemente as alegações da defesa de Jacilene. Segundo a prima da vítima, Rosiane Barbosa Monteiro, de 39 anos, a primeira coisa a se questionar naquela noite é o fato de que Fabrício não chegou em casa bêbado e agrediu a esposa, como dito pelo advogado de Jacilene.

“Eles estavam juntos no domingo (2) na casa da irmã dela, que fica próximo à vila de quitinetes onde meu primo e essa mulher moravam. Eles estavam bebendo juntos e voltaram pra casa juntos à noite. O que inicialmente nos causa espanto é o fato de que – apesar de ser uma vila de quitinetes, com paredes coladas umas nas outras – nenhum vizinho ouviu qualquer tipo de grito ou discussão. O advogado dela alega legítima defesa, mas como é que uma pessoa diz se defender dando duas facadas na outra, sim, porque não foi apenas a facada no tórax, ela deu uma segunda em cima do lado esquerdo do peito”, revelou Rosiane.

A prima de Fabrício disse existir a possibilidade da vítima já ter chegado morta ao hospital. “Estamos apurando a possibilidade dela [Jacilene] ter deixado o apartamento após o crime e retornado momentos depois com uma pessoa de moto. Somente aí é que ela acionou o socorro. Estamos aguardando pelo laudo para confirmar o horário exato do óbito. Outra coisa, os próprios peritos disseram que o local estava muito limpo para uma cena de crime, ou seja, ao que tudo indica, ela ainda teve tempo de limpar o apartamento”, relata.

A família disse ainda que teme a fuga de Jacilene pelo fato de os parentes dela morarem em Caiena. “Queremos apenas justiça. Da forma que ela e o advogado estão pregando, parece que meu primo era um monstro e isso não é verdade. Vamos lutar por justiça e vamos provar que não foi defesa coisa nenhuma”, concluiu.

O corpo de Fabrício foi levado para a capela mortuária São José, na rua Jovino Dinoá, esquina com a avenida Cora de Carvalho, no Centro, onde será velado.


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