Cabo da PM integra quadrilha que roubava gado no Pará, diz PC
Cabo da Polícia Militar do Amapá, Alex Dias recebeu voz de prisão na tarde de sexta-feira (18) ao se apresentar com advogado na DECCP, no Ciosp Pacoval
O comandante-geral da Polícia Militar do Amapá (PM-AP) coronel Carlos Souza, afirmou na manhã deste sábado (19) que a prisão do cabo PM Alex Dias, investigado por integrar uma quadrilha especializada no furto de gado em uma conexão entre os estados do Pará e Amapá, terá a conduta apurada pela Corregedoria Militar em processo administrativo.
“O cabo está sendo investigado por um crime que será julgado na justiça comum. Ele não usou, até onde sabemos, da prerrogativa militar para se favorecer em qualquer circunstância. A Corregedoria fará o pedido das informações sobre o caso à Polícia Civil e instalará um Conselho de Ética e Disciplina para apurar o caso. Não tivemos acesso ao conteúdo da denúncia ainda, mas adiantamos que nenhuma forma de crime praticado por nossos policiais é tolerada, e as medidas cabíveis serão tomadas”, assegurou o coronel.
O cabo PM Alex Dias se apresentou na sexta-feira (18) na sede da Delegacia Especializada em Crimes Contra o Patrimônio (DECCP), após saber que teve a prisão temporária decretada pela Justiça do Pará. A operação ‘Marajó’ investiga uma quadrilha que furtava cabeças de gado em fazendas na Ilha do Marajó, e transportava esse gado em balsas para o Amapá.
Ainda de acordo com as investigações, cada cabeça de gado era comercializada a cerca de R$ 1,5 mil. Ainda não se sabe quanto a quadrilha movimentou com a ação criminosa. O inquérito foi inicialmente instaurado na delegacia e Soure (PA), e logo se identificou que a prática vinha ocorrendo no município de Salvaterra (PA) e que o destino do gado era o Amapá, onde era abatido clandestinamente e vendido para açougues de Macapá e Santana.
Presos serão transferidos neste sábado para Soure (PA)
Segundo o delegado Celso Pacheco, da DECCP, que comandou as investigações e levantamento de dados sobre os procurados no Amapá, os presos deveriam ser transferidos para a Comarca de Soure ainda na sexta-feira (18), mas problemas com a aeronave que deveria ter deixado Belém do Pará impediram o procedimento que deve ocorrer neste sábado (19).
“Cumprimos com nossa missão na operação. Os presos serão ouvidos no Pará, mas precisamente em Soure, de onde o inquérito é oriundo, para saber qual envolvimento de cada um deles. O delegado Luciano, que é o coordenador geral dessa operação, deverá ouvi-los individualmente e depois fazer uma acareação para confrontar as informações. Houve prisões também em Soure e Salvaterra. O fato é que foi um trabalho de muita inteligência para desmantelar essa quadrilha interestadual”, declarou ao Diário o delegado Celso Pacheco.
Toda operação contou com apoio irrestrito da Capturas/DECCP que localizou os endereços dos suspeitos, fez a checagem de informações e prendeu os suspeitos. A operação contou com a participação do setor de inteligência do Ministério Público do Amapá, Secretaria de Inteligência do Estado do Pará, Delegacia de Soure e Delegacia de Salvaterra.
No Amapá, além do cabo Alex Dias foram presos: Diogo Sarmento Pinto Junior; Luís Figueiredo dos Santos, o ‘Preto’; Rogério Souza Silva, o ‘Farinha’; Orlando Freitas, conhecido como ‘Baguda’ e Ademar Rodrigues da Silva, o ‘Torrão’.
Reportagem
Elden Carlos
Editor de Polícia
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