Daniella Pelaes foi morta com mais de 50 facadas, constata perícia
Vítima tinha duas medidas protetivas contra ex-marido que praticou crime na frente dos dois filhos da mulher
Elen Costa
Da Redação
Daniella Di Lorena Pelaes, de 47 anos de idade, vítima de feminicídio no último sábado, 25, recebeu mais de 50 golpes de faca, nas costas (a maioria) e no peito. Foi o que revelou uma fonte ao Diário do Amapá.
O acusado do crime, Janilson Quadros de Almeida, 37 anos, que esteve hospitalizado, já foi interrogado pela polícia. Segundo informações, ele alegou legítima defesa.
Denúncia
O Diário do Amapá apurou que Janilson já teria ameaçado a ex-mulher. Daniella tinha duas medidas protetivas contra ele.
Uma das denúncias foi feita no dia 27 de março. Em depoimento ela relatou que, apesar de nunca ter sido agredida fisicamente, era frequentemente ameaçada por Janilson.
O homem foi proibido de se aproximar da vítima, manter contato por meio de qualquer rede social e frequentar determinados lugares onde pudesse oferecer risco a Daniella.
Mas, em maio, a vítima teria pedido a revogação da medida. Essa informação não foi confirmada.
O crime
Daniella Pelaes, que era irmã da prefeita do município de Pedra Branca do Amapari, Beth Pelaes, foi assassinada no condomínio em que morava, no bairro Jardim Botânico, em Brasília, Distrito Federal.
Segundo informações, depois de tirar a vida da ex, Janilson tentou suicídio e foi socorrido com um único ferimento leve na região da costela.
Daniella era técnica de enfermagem e atualmente estava atuando como servidora pública na Telebrás, na capital federal. Ela deixa três filhos, sendo um par, de 17 e 10 anos, do primeiro casamento, e um menino de apenas três anos, fruto do relacionamento com o autor do feminicídio com quem foi casada por quatro anos.
O corpo de Daniella Pelaes foi trazido para Macapá no domingo, 26. O sepultamento aconteceu no fim da manhã desta segunda-feira, 27, no Cemitério Nossa Senhora da Conceição, na área central da cidade.
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