Polícia

Dawson Ferreira é sentenciado a 22 anos de prisão em regime fechado

Empresário cumprirá pena, inicialmente, sem direito de recorrer em liberdade; ele também não pode obter CNH por pelo menos dois anos


 

Elen Costa
Da Redação

 

O Conselho de Sentença decidiu que Dawson da Rocha Ferreira é considerado culpado pelo duplo homicídio consumado de Mickel da Silva Pinheiro e Rosineide Batista Aragão.

 

A sessão que julgou o ‘motorista da BMW branca’, como o caso ficou conhecido, iniciou na manhã dessa segunda-feira, 3, e só encerrou no início da madrugada desta terça-feira, 4.

 

A juíza titular da 1ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Macapá, Lívia Simone Freitas, sentenciou o empresário em 22 anos de prisão em regime, inicialmente, fechado e sem o direito de recorrer em liberdade. Ele também não pode obter Carteira Nacional de Habilitação (CHN) por, pelo menos, dois anos.

 

Foi negado ao réu o direito de responder em liberdade. Dawson saiu do julgamento, foi levado para a audiência de custódia e de lá seguiu direto para o Instituto de Administração Penitenciária (Iapen).

 

Além dos homicídios com dolo eventual, Dawson Ferreira foi condenado pelos crimes de embriaguez ao volante e dirigir sem CNH. A juíza Lívia Simone determinou, ainda, que o carro importado dirigido pelo empresário, na colisão mortal, seja destruído.

 

O caso

O fato resultou nas mortes do chefe de cozinha Mikel e da auxiliar dele, Rosineide, ocorreu no dia 15 de janeiro de 2021, na avenida Padre Júlio Maria Lombaerd, em frente ao Clube Aerc, bairro Santa Rita.

 

No vídeo, é possível observar o momento em que ocorre o choque entre os veículos. A imagem detalha a BMW seguindo em alta velocidade pela avenida Padre Júlio, sentido Centro-Zona Oeste. Após cruzar a rua Paraná, não freia a tempo e colide com o Celta, onde estavam Mikel e Rosineide.

 

Segundo o Ministério Público, as vítimas estavam em um carro que tentou fazer conversão no trânsito, mas o veículo foi atingido pelo automóvel BMW conduzido pelo empresário a mais de 180 quilômetros por hora. As vítimas tinham acabado de sair do trabalho em um restaurante próximo ao local do acidente.

 

Na esfera cível, em janeiro de 2024, a juíza Liége Gomes, da 1ª Vara Cível e de Fazenda Pública de Macapá, condenou o Dawson Ferreira a indenizar por danos morais e materiais os filhos de uma das duas vítimas.

 


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