Polícia

Decipe indicia foragido por execução de mototaxista

Crime ocorreu na noite de 26 de novembro de 2015, no bairro Jardim Felicidade I. Vítima, segundo a polícia, estaria devendo a traficantes


O delegado Alan Moutinho, da Delegacia Especializada em Crimes Contra a Pessoa (Decipe), confirmou nesta quarta-feira, 13, ter indiciado o foragido de justiça Luan Santos Monteiro pelo assassinato do mototaxista Wanderson dos Santos da Silveira, de 27 anos, executado com dois tiros na cabeça na noite de 26 de novembro do ano passado próximo à praça do bairro Jardim Felicidade I, zona norte de Macapá.

“Ele [Luan] era foragido do Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen). Chegamos até ele com base em depoimento de testemunhas e de um minucioso trabalho investigativo. Após o levantamento de informações recorremos ao álbum de fotografia onde as testemunhas foram contundentes em afirmar que era o executor”, revelou o delegado.

A ordem para a execução teria partido de dentro do presídio estadual. A principal suspeita é de que o crime tenha sido encomendado pelos irmãos Fortunato, assassinado em dezembro passado dentro do Iapen. “Ainda estamos aprofundando as investigações nesse sentido, mas é algo que surgiu no curso das investigações. A vítima estava devendo a fornecedores de drogas e essa foi a motivação para o crime”, afirmou.

Luan Santos continua foragido e qualquer informação sobre o paradeiro do criminoso deve ser repassada ao número 190.

Entenda o caso

O mototaxista Wanderson dos Santos da Silveira, de 27 anos, foi executado com dois tiros na cabeça na noite de quinta-feira, 26 de novembro, durante emboscada próximo à arena do bairro Jardim Felicidade I, zona norte de Macapá.

De acordo com o Centro Integrado em Operações da Defesa Social (Ciodes), a vítima havia recebido uma ligação de uma mulher marcando um encontro com ele no local. Ao chegar à arena o mototaxista continuou falando ao telefone com a mulher que estaria escondida ali próximo, na companhia de uma segunda mulher.

Um homem, que estava sentado na arquibancada, vestido socialmente, desceu as escadarias, caminhou até Wanderson e desferiu pelo menos três tiros na cabeça do homem que morreu na hora. O algoz correu por 200 metros, subiu em uma moto que já o aguardava e fugiu.

As mulheres, que teriam armado a ‘casinha’, também correram para dentro de um carro que as aguardava ali próximo. O corpo de Wanderson foi removido para o Departamento Médico Legal (DML) da Polícia Técnico Científica (Politec).

O Diário apurou há época que Wanderson Silveira já esteve preso no Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen) pelo crime de roubo (Art. 157) combinado com o Art. 29 (Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade).


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