Delegado afirma que homicídios que ocorrem em Macapá são ordenados de dentro do presídio
Delegado pede que seja feita intervenção preventiva para “pacificar o Iapen”, porque a disputa de espaços do tráfico de drogas e represálias por assassinatos podem resultar em mais mortes.
Referindo-se aos três casos ocorridos, um na semana passada e outros dois durante a semana, todos praticados nas proximidades do Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen), o delegado titular da Delegacia Especializada de Crimes contra as Pessoas (Decipe) Ronaldo Coelho afirmou na manhã desta quinta-feira (18) no programa LuizMeloEntrevista (DiárioFM 90,9) que os homicídios que vêm ocorrendo em Macapá são praticados por ordens dos próprios detentos. Segundo ele, há necessidade de uma intervenção preventiva para “pacificar o Iapen”, porque a disputa de espaço do tráfico de drogas e represálias por assassinatos podem resultar em mais mortes.
“Esses crimes que estão ocorrendo são resultados de disputas por espaços do tráfico de drogas e são praticados por ordens emanadas de dentro do presídio, tanto que os três últimos foram praticados nas imediações do Iapen. Essa disputa agora ultrapassou os limites do presídio e as mortes estão ocorrendo fora, na saída do Complexo. Inclusive já mandamos fazer pericia em uma gravação onde um detento faz ameaças de morte ao DVD, que foi o primeiro a morrer ao sair do Iapen”, analisou;
Sobre a morte do detento Devid André Santos Navegantes, o DVD, que foi executado com vários tiros no início da manhã da última quinta-feira (11) na saída do Iapen, onde cumpria pena no regime semiaberto, o delegado revelou que ambos, ameaçador e vítima eram amigos: “A gravação das ameaças é uma prova que estamos trabalhando, mas é importante destacar que quem disse que vai mandar matar é amigo do que morreu, eles eram parceiros no crime, e isso nos levar a suspeitar que a ordem da execução foi dada em função de alguma aresta entre eles, o que também estamos investigando”.
Sobre a sugestão de “pacificação do Iapen”, Ronaldo Coelho explicou como deveria ser levada a efeito: “Essa pacificação é necessária para evitar o acirramento ainda maior dos ânimos e, consequentemente, evitar que ocorreram mais mortes, porque temos visto que quando um grupo difere do outro começam a surgir e intensificar ameaças, por isso a necessidade de se realizar um trabalho de pacificação”.
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