Polícia

Delegados pedem prisão do comandante geral da Polícia Militar do Amapá

Delegados pediram a prisão preventiva de um sargento; dois soldados, um aspirante a oficial; um capitão e o comandante geral


A Associação dos Delegados de Polícia do Estado do Amapá (Adepol) reuniu a imprensa na tarde desta quarta-feira (8) para dizer que aguarda a decisão da 3ª Vara Criminal e de Auditoria Militar sobre o pedido de prisão preventiva de seis policiais e oficiais da Polícia Militar do Amapá (PM-AP), entre eles, o próprio comandante da corporação, coronel Rodolfo Pereira, de 47 anos de idade.
A petição foi assinada por 20 delegados na última terça-feira (7), após a instalação de uma crise entre policiais militares, agentes e o delegado da Polícia Civil (PC) Luiz Carlos, durante a entrega de dois homens suspeitos de roubo no Centro Integrado em Operações de Segurança Pública (Ciosp) Pacoval.

Durante a coletiva o delegado Luiz Carlos – que estava no plantão do Ciosp no dia da crise – reafirmou que os policiais que faziam a entrega de dois homens suspeitos de assalto haviam torturado os elementos fora e dentro da cela, inclusive, com a utilização de spray de pimenta.

Segundo o delegado, o pedido de prisão preventiva é contra o sargento Diones; os soldados Homero e Alex Mesquita [os três são do 6º BPM], o aspirante a oficial Eric, além do oficial de área pertencente ao 2º BPM, capitão Taric e o comandante geral da Polícia Militar, coronel Rodolfo Pereira.

“O comandante geral determinou a ‘extração’ dos policiais que receberam voz de prisão dentro do Ciosp, ordem essa que foi cumprida pelo oficial Taric. Houve um flagrante da tortura dos policiais contra os presos, inclusive, com utilização de gás de pimenta em local confinado. Não é a primeira vez que esse tipo de fato [tortura] ocorre, mas dessa vez a coisa evoluiu. Então, decidimos pedir a prisão desses policiais e oficiais para que não haja nenhum tipo de prejuízo ao inquérito”, declarou o delegado.

Em razão da não conclusão de entrega dos suspeitos de roubo, por meio do Boletim de Ocorrência, o juiz plantonista que conduziu a audiência de custódia decidiu liberar os dois homens presos.
O comando da Polícia Militar havia declarado na terça-feira (8) que iria reunir a cúpula e deliberar sobre o assunto antes de se posicionar oficialmente, inclusive, sobre o pedido de prisão do comandante geral da corporação.


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