Polícia

Dercca começa a investigar caso de recém-nascido abandonado no Pacoval

Para delegada que preside inquérito, uma das hipóteses é de que a mãe do bebê tenha tido um surto psicótico pós-parto


 

Elen Costa
Da Redação

 

A Delegacia Especializada em Repressão a Crimes Contra a Criança e o Adolescente (Dercca) começou a investigar o caso do recém-nascido que foi deixado na frente de uma residência, no bairro Pacoval, zona norte de Macapá.

 

Agentes da unidade policial estão em campo, na tentativa de localizar a mãe e os familiares do bebê. Imagens de câmeras de segurança de imóveis e estabelecimentos comerciais que ficam nas proximidades serão solicitadas pela Polícia Civil.

 

A criança, aparentando ter poucos dias de vida, foi encontrada no início da manhã desta segunda-feira, 1, pelos moradores de uma casa localizada na avenida Pará, no momento em que eles saíam para trabalhar.

 

 

O 6º Batalhão da Polícia Militar (BPM) foi acionado e fez o resgate do menino. Ele foi entregue para o Conselho Tutelar que, em seguida, fez o registro na especializada.

 

Segundo consta no Boletim de Ocorrências, uma testemunha relatou ter visto uma mulher, de cabelos loiros, deixando a criança no local.

 

De acordo com delegada Cássia Costa, que assumiu o inquérito policial e as investigações, uma das hipóteses é de que a mãe do recém-nascido tenha tido um surto psicótico pós-parto.

 

“Não é um abandono característico. O bebê estava bem acomodado no ninho, vestida e com roupinhas nas sacolinhas, o que nos leva a acreditar que essa mulher se preparou para receber essa criança. Então, não acreditamos que ela tenha tido a mera deliberalidade para abandonar”, ponderou a autoridade policial.

 

O recém-nascido foi levado para a Maternidade Mãe Luzia, onde está sob observação médica. “Ele precisava se alimentar do leite materno e receber os cuidados médicos necessários. Estamos aguardando os resultados de alguns exames para saber, inclusive, a idade exata que ele tem, porque ele ainda estava com o umbigo”, explicou a delegada, informando ainda que caso a mãe ou um parente próximo do bebê não seja localizado, ele será encaminhado para um abrigo e, posteriormente, para adoção.

 


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