Detento do Iapen é indiciado por corrupção de menor e dois outros crimes
Interno é liderança em uma facção e ordena assassinatos de rivais de dentro do presídio
Elen Costa
Da Redação
Um interno do Instituto e Administração Penitenciária (Iapen), de 20 anos, e outro indivíduo, de 25, foram indiciados pela Delegacia de Polícia de Mazagão, após a conclusão de inquérito que apurava uma tentativa de homicídio. A dupla também responderá por integrar grupo criminoso e corrupção de menor.
De acordo com o delegado José Victor Souto, titular da unidade, o crime ocorreu em via pública, no bairro Olaria, em abril deste ano.
As investigações demonstraram que um adolescente, de 17 anos de idade, recebeu uma ordem para executar um integrante de uma facção rival.
“A determinação partiu de um interno do presídio, que é um dos líderes da organização criminosa ao qual o menor pertence, e foi entregue por intermédio de um sujeito que também é membro desse grupo, e estava com o adolescente no momento da prática criminosa”, detalhou a autoridade policial.
No dia do fato, o elemento que acompanhou o menor portava um revólver. Quando eles avistaram a vítima, ele tentou sacar a arma, mas ela enroscou em seu short, dando tempo para que o alvo percebesse a intenção deles e fugisse.
“Ele ainda disparou, mas não atingiu ninguém. Rapidamente, o investigado passou a arma para o adolescente e fugiu. Esse menor foi apreendido em flagrante por policiais militares”, acrescentou o delegado. Dias depois, o suspeito que fugiu foi abordado e preso, portando uma arma de fogo.
José Victor Souto informou que o modus operandi do mandante do crime tem sido frequente.
“Por intermédio de outros integrantes do grupo criminoso, ele recruta menores de idade para executar os crimes de homicídio. Ele agiu da mesma forma em um assassinato recente, em que um jovem foi recrutado e matou a tiros um rival dentro de um estabelecimento comercial”, revelou.
Além dos dois indiciados, o adolescente responderá por atos infracionais análogos aos crimes de tentativa de homicídio e por integrar grupo criminoso.
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