Draco cumpre mandado para investigar entrada de ilícitos no Iapen
Nova fase busca intensificar coleta de provas contra suspeitos, incluindo servidores públicos que facilitavam entrada de itens proibidos na penitenciária
Elen Costa
Da Redação
A Divisão de Repressão às Ações Criminosas Organizadas, (Draco) em continuidade à Operação Muros, deu cumprimento a dois mandados de busca e apreensão em endereços no bairro Infraero, zona norte de Macapá.
A ação visa aprofundar as investigações sobre a entrada de objetos ilícitos no sistema penitenciário do Amapá e responsabilizar os intermediadores e presos beneficiários envolvidos no esquema criminoso.
O titular da Draco, delegado Ismael Nascimento, destacou que esta nova fase busca intensificar a coleta de provas contra os suspeitos, incluindo servidores públicos que facilitavam a entrada de itens proibidos no Iapen.
“As investigações já apontaram a participação de vários indivíduos, incluindo um agente público, que já se encontra preso. Com as buscas, pretendemos obter mais evidências para fortalecer o caso e responsabilizar todos os envolvidos”, afirmou a autoridade policial.
A Operação Muros, deflagrada no início do ano pela Polícia Civil, Sejus e Iapen, já resultou na prisão de um policial penal, evidenciando a infiltração de agentes públicos que colaboravam com atividades ilícitas dentro da cadeia.
Mandados de busca e apreensão também foram cumpridos nas residências de outros agentes suspeitos, ampliando o foco da investigação sobre a rede de intermediários que facilitavam o ingresso de objetos proibidos aos internos.
Durante as investigações, constatou-se que o policial penal ostentava nas redes sociais um padrão de vida incompatível com sua renda, incluindo fotos de viagens internacionais, como uma ida à Disney com sua família. Essa discrepância entre o estilo de vida exibido e o salário declarado reforçou as suspeitas sobre a origem dos recursos utilizados.
Os celulares apreendidos nessa fase da operação serão submetidos a perícias detalhadas, que auxiliarão na continuidade das investigações e na elaboração de novas estratégias para desmantelar a estrutura criminosa no sistema penitenciário.
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