DRFE identifica e prende acusados de aplicar golpe em idosa
Suspeitos foram presos no Pará e Mato Grosso, graças à interação entre policiais civis de quatro estados
Elen Costa
Da Redação
Um ação integrada entre a Delegacia de Repressão a Fraudes Eletrônicas (DRFE) do Amapá com as polícias civis dos estados do Pará, Rio de Janeiro e Mato Grosso resultou no cumprimento de dois mandados de prisão contra pessoas acusadas de aplicar golpe em uma idosa na cidade de Macapá.
Os alvos, uma mulher de 30 anos de idade e um homem de 19, foram localizados e detidos, respectivamente, nas cidades de Novo Progresso, no Pará, e em Várzea Grande, no Mato Grosso.
De acordo com o delegado Anderson Silwan, titular da DRFE, a investigação iniciou há cerca de seis meses após a vítima, uma idosa de 74 anos de idade, registrar um boletim de ocorrência relatando que recebeu mensagens em seu aplicativo de WhatsApp de uma pessoa que se identificava como uma de suas filhas.
“Inclusive, eles usavam a foto da filha da idosa no perfil, daí, pediu dinheiro emprestado, alegando estar com problemas para acessar sua conta bancária. Não tendo suspeitado de nada, inicialmente, a senhora tentou transferir a quantia de R$ 1 mil para a conta indicada, mas a instituição bancária não permitiu a conclusão da transação. Só depois que ela recebeu uma segunda chave PIX, é que a quantia foi enviada”, explicou Silwan.
A mulher só percebeu que havia caído em um golpe quando verificou que conta estava no nome de outra pessoa.
“Ao ver que a titularidade era de uma pessoa, ela decidiu se certificar pessoalmente com a sua filha e teve certeza de que havia caído em um golpe”, disse o delegado.
Durante a investigação, a polícia identificou a atuação direta dos dois investigados no crime apurado, e descobriu que eles já respondem por tráfico de drogas e por outros golpes recentes.
“Eles são apontados no envolvimento de golpes nas redes sociais na modalidade do ‘falso intermediário’ em venda de automóveis nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Mato Grosso e Bahia, com prejuízo total superior a R$ 50 mil”, revelou a autoridade policial.
Os dois investigados, identificados como Erick Francisco de Arruda e Raiane Alves Oliveira, seguem à disposição do Poder Judiciário amapaense. Se condenados, poderão pegar penas que variam de quatro a oito anos de reclusão.
A ação deflagrada nesta quarta-feira, 14, recebeu o nome de Operação ‘Falsus Filius’, que significa falso filho em latim, devido ao modus operandi que os estelionatários utilizaram para conseguir arrancar dinheiro da vítima.
Cuidados
Anderson Silwan lembrou que vivemos uma ‘pandemia’ de golpes aplicados por mídia digital. A autoridade deixou algumas dicas de segurança. Entre elas, sempre se certificar se a pessoa que está entrando em contato, pedindo dinheiro emprestado, é realmente o familiar ou amigo.
“É necessário checar se a pessoa é realmente quem diz ser. Os nossos dados estão todos vazados na internet. Então, qualquer um consegue acessar essas informações. Se ela está pedindo valores, a atenção deve ser redobrada. Aí, tem que ver se, realmente, a conta é para a pessoa conhecida. Seguindo pelo menosessas duas dicas vai evitar muito que a pessoa seja alvo desses criminosos”.
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