Polícia

Empresa investigada por dar golpes em clientes é fechada e proprietário é preso

Procon/AP e Polícia Civil trabalham conjuntamente no caso. Número de vítimas da empresa, segundo a polícia, é de mais de uma centena.


Lana Caroline
Da Redação

 

Na tarde de segunda-feira (28), uma equipe do Instituto de Defesa do Consumidor (Procon/AP), acompanhada por agentes da Polícia Civil, realizou uma fiscalização nas instalações da empresa Primal, no bairro Infraero II, zona Norte de Macapá, que já acumula mais de 100 denúncias. Durante a ação, houve a prisão do proprietário da empresa e apreensão de documentos e equipamentos de informática.

De acordo com o diretor-presidente do Procon Amapá, Luiz Pingarilho, as denúncias contra a empresa são de compras efetuadas por consumidores que nunca chegaram a receber seus produtos. A empresa, já havia passado por fiscalização do órgão e recebeu ordem de suspensão temporária das atividades de venda por três meses, porém, as reclamações continuaram.

“Ali se tratava de crimes contra a economia popular (Lei nº 1.521/51), estelionato (Art. 171 do Código Penal) e uma série de crimes que foram se configurando. O Procon chegou a suspender o funcionamento da empresa para que tomassem as providências no sentido de ressarcir os consumidores lesados com a não entrega dos produtos oferecidos. Como não houve nenhum tipo de ação nesse sentido, levamos o caso para esfera policial, já que temos diversos crimes devidamente configurados”, declarou Pingarilho, durante entrevista na manhã desta terça-feira, (29), ao programa radiofônico LuizMeloEntrevista (Diário 90,9FM).

Segundo o diretor-presidente, a Primal chamava atenção no mercado por vender materiais de construção e produtos eletrônicos com valor abaixo do praticado pela maioria das lojas. Dessa forma, o Instituto de Defesa do Consumidor fiscalizou também os locais indicados pelo proprietário como estoque, e identificou que não havia produtos suficientes para o número de vendas. A equipe segue colaborando com a investigação conduzida pela Polícia Civil.

“Eles ofereciam, por exemplo, uma televisão a R$ 750 com a condição de que se o cliente comprasse uma ganharia outra. Uma proposta mirabolante e que enchia os olhos dos consumidores. Agora, estamos discutindo com a Delegacia do Consumidor e com a Polícia Civil para que possamos ver os passos que vamos dar daqui pra frente”, finalizou.


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