Polícia

Ex sargento do Exército é preso com 1 quilo de crack

Em 2007, aos 39 anos de idade, Gerson foi preso pelo crime de sequestro e cárcere privado



 

O ex 1º sargento de Infantaria Paraquedista do Exército Brasileiro, Gérson Pereira da Costa, 47 anos, foi preso na noite dessa quinta-feira, 29, no estacionamento do Estádio Zerão, zona Sul de Macapá, com 1 quilo de crack. A prisão foi feita por homens do Batalhão de Operações Especiais (Bope), logo após uma denúncia anônima.

De acordo com a polícia, o suspeito estaria aguardando uma pessoa para repassar a droga. Ele estava no interior de um carro quando houve a abordagem. Durante a revista no veículo os policiais encontraram a droga. Gerson foi algemado e levado para o Centro Integrado de Operações da Defesa Social (Ciosp) Pacoval, porém, ele passou mau durante a ação e precisou de atendimento no Hospital de Emergências. Na sequencia ele foi apresentado na delegacia, onde ocorreu o indiciamento.

Expulso do Exército por seqüestro

Em 2007, aos 39 anos de idade, Gerson foi preso pelo crime de sequestro e cárcere privado. A vítima foi a enfermeira Adriana Cinara. Segundo a polícia, o então 1º sargento de Infantaria Paraquedista do Exército, Gérson Pereira da Costa, com 20 anos de Exército, e há dois anos servindo em Macapá, foi o mentor do crime.

Adriana – que era enfermeira em Porto Grande, onde dava plantão três vezes por semana – saiu de sua casa com destino ao município onde trabalhava, mas nem chegou a sair do próprio bairro, em Macapá. Há alguns quarteirões de sua casa, deparou-se com uma mulher pedindo socorro, parou o carro, desceu e naquele momento foi abordada pelos bandidos.

A vítima foi levada para a Vila Militar do Exército, onde o então sargento morava, e onde Adriana passou três dias em cárcere.

Ela contou, na época, que a suíte de Gérson foi seu cativeiro e era vigiada pela mulher dele, Aline Costa, responsável por lhe dar água, comida e um calmante que ela identificou como “Calmajá”. Passou a maior parte do tempo com os olhos vendados e as mãos amarradas.

Gérson era amigo da família de Adriana, e orientava a família a pagar o resgate, no valor R$ 300 mil, que no último dia teve o valor reduzido para R$ 90 mil. Ele manipulava a família para manter a polícia fora do caso.

O interesse de Gérson levantou suspeitas, principalmente, quando o pedido de resgate foi reduzido. R$ 90 mil era exatamente o dinheiro que a família da vítima tinha em casa, e o qual o acusado tinha conhecimento.

A investigação conjunta da Promotoria de Investigação Cível e Criminal, Polícia Civil e serviço reservado de inteligência do Batalhão de Operações Especiais (Bope) desmontou a rede criminosa.

Além de Gerson, também foram presos os sargentos Lucas Silva dos Passos e Waldenir, além da esposa do mentor do sequestro.


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