Polícia

Família faz campanha para localizar suspeito de assassinato

Cartazes estão sendo divulgados nas redes sociais em colados em postes com a foto do suspeito e os números para denúncia.


Onde está Cleison Calins Gomes? É a pergunta que a família da professora Adriana Silva Caldas, de 38 anos, encontrada morta no dia 23 desse mês, está fazendo à polícia. Na manhã desta terça-feira (30) a irmã de Adriana, Alessandra Caldas (foto), disse durante entrevista à rádio Diário (90,9FM) que o principal suspeito do crime, Cleison Calins, está vivo e foragido.

Alessandra resolveu quebrar o silêncio e colocar a dor da família de lado para cobrar celeridade nas investigações, afirmando que respostas ainda não foram dadas, e, principalmente, pela falta de informações sobre Cleison, com quem a irmã dela viveu por 20 anos.

POLICIA4-CRIME027 (2)“A família iniciou uma campanha nas redes sociais onde estamos divulgando cartazes com a foto desse criminoso. Vamos espalhar esse material também pelas ruas de Macapá no sentido de que a população nos ajude a encontrar esse assassino. A polícia, infelizmente, não tem dado informações sobre o caso, e isso nos deixa ainda mais angustiados”, declarou.

Irmã revela últimos passos de professora

Alessandra relatou ainda o que seriam os últimos passos da irmã antes do desaparecimento. “Minha irmã e ele [suspeito] estavam em processo de separação, tanto que ela e meu sobrinho [filho do casal] estavam morando na minha casa, no bairro do Trem. Na noite de 20 de agosto [sábado] o Cleison foi até minha residência e chamou pela Adriana. Eles conversaram por alguns minutos. Ela entrou, pegou a bolsa e disse que iria para a casa deles, no bairro Novo Buritizal. Penso que ele estava tentando reatar o relacionamento, e eu mesma já havia conversado várias vezes com ela sobre isso”, revelou.

Mensagens sem reposta

POLICIA4-CRIME01Alessandra contou que a irmã e Cleison saíram na moto de Adriana. “A Adriana disse que iria com ele, mas que retornaria para deixar a moto porque meu sobrinho, que tem 20 anos, tinha que sair cedo para o curso. Já por volta de 2h da madrugada de domingo (21) o Júnior mandou mensagem via Whatsapp para a mãe, mas ela não respondeu. Já na manhã de domingo novamente ele mandou mensagem, mas sem resposta. Achamos estranho porque ela sempre respondia, mas ao mesmo tempo imaginamos que ela pudesse ter saído para a casa de uma amiga, como sempre fazia aos domingos.

Na segunda-feira (22) o filho tentou novo contato com a mãe, mas sem respostas, o que provocou alvoroço na família. “Minha irmã lecionava em uma escola no Pacuí. Pensamos que talvez ela tivesse viajado para o distrito para lecionar, mas ela nunca chegou à escola para dar aula”, pontuou.

Avó paterna denuncia paradeiro de suspeito

Alessandra contou que na manhã de terça-feira (23) a avó paterna de Cleison ligou para ela perguntando se Adriana já havia aparecido.

“Ao mesmo tempo em que me perguntou isso a avó dele revelou que uma pessoa havia ligado lá do terreno da família dele, no quilômetro 50 da BR-210, dizendo ter visto o Cleison na moto da minha irmã”.

Desde então o principal suspeito desapareceu. A irmã da vítima contou ainda que mantimentos, panelas e até uma possível arma teria desaparecido da casa interiorana, e que Cleison teria roubado um motor rabeta de um vizinho no qual teria subido o rio.

“Ele não está morto como chegaram a dizer. Está vivo e em algum lugar naquela região. Queremos a prisão dele e justiça para o caso”, pediu.

 Corpo encontrado em estado avançado de decomposição

POLICIA4-CRIME023A irmã da professora contou que na terça-feira o filho de Adriana resolveu ir até a casa para onde os pais teriam ido no final de semana. “Quando ele chegou lá me ligou dizendo que havia muita gente em frente ao imóvel, e que achava que o pai havia assassinado a mãe dele”, declarou.

O corpo de Adriana estava de bruços, no chão, e não em cima da cama como dito anteriormente. O cadáver estava em processo de decomposição.

“Acreditamos que ele esfaqueou minha irmã durante o sono. É que ela dormia somente de calcinha, exatamente como o cadáver foi encontrado. Havia manchas de sangue na beira da cama, o que sugere que ele a esfaqueou no tórax inicialmente, provocando a hemorragia interna, de acordo com o laudo pericial. Depois, ela levantou, mas caiu ao lado da cama onde foi golpeada nas costas três vezes. Não somos peritos, mas é o que está evidente”, desabafou.

A reportagem tentou manter contato com o delegado responsável pelas investigações, mas ele não foi localizado para comentar o assunto.

Reportagem: Elden Carlos


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