Idoso foi morto após estuprar menina de 11 anos, diz delegado
Caso ocorreu na tarde de quarta-feira, 24, em Porto Grande. Homem de 62 anos havia estuprado uma menina de 11 anos; mãe e padrasto da menor cometeram o assassinato
O delegado Júlio César Darques, titular da Delegacia de Polícia Civil do município de Porto Grande, distante 102 quilômetros da capital, Macapá, disse em entrevista, por telefone, ao Diário, nesta quinta-feira, 25, que o casal Gilson Carlos Rodrigues de Oliveira, de 38 anos, e Claudinete Corrêa Moraes, de 34, foi indiciado pelo crime de homicídio privilegiado qualificado praticado contra o avicultor João Câncio Ribeiro, de 62 anos.
O crime ocorreu na tarde de quarta-feira, 24, na propriedade onde a vítima tinha uma criação de galinhas e uma espécie de balneário. João Câncio foi morto com três terçadadas na cabeça depois que Claudinete Moraes descobriu que um dia antes a filha dela, de 11 anos, tinha sido abusada sexualmente pelo ancião.
“Infelizmente essa foi a segunda vez que essa menina foi violentada sexualmente. No primeiro caso, ela tinha apenas 7 anos. A garota contou em depoimento que por volta das 17h de terça-feira, 23, o senhor João Câncio a chamou para ir até à casa dele pegar uns ovos. Ele a atraiu até o quarto, onde cometeu o crime. A menina relutou em dizer à mãe o que havia ocorrido, mas Claudinete percebeu o comportamento alterado da filha na quarta-feira e resolveu pressioná-la. Foi quando a menor contou que tinha sido novamente abusada”, disse o delegado.
Júlio César Darques ainda revelou que o crime ocorreu sob forte emoção. “A mãe, ao saber do ocorrido e tomada por forte emoção, armou-se com um terçado e foi acompanhada pelo marido, que é padrasto da menina. Eles seguiram armados até à casa da vítima, que tomava café na cozinha e estava somente de cueca. João Câncio ainda tentou correr para o terreno vizinho, no sentido de fugir, mas acabou golpeado na cabeça três vezes e morreu na hora”, detalhou.
O casal fugiu, mas acabou preso em seguida. O corpo foi removido para o Departamento de Medicina Legal (DML) da Polícia Técnico Científica (Politec) para ser necropsiado.
“Indiciamos o casal pelo crime de homicídio privilegiado qualificado. Privilegiado, em razão de o homicídio ter sido cometido por violenta emoção, já que a filha da suspeita tinha sido estuprada, e qualificado porque a vítima não teve possibilidade de defesa”, concluiu.
Claudinete e Gilson estão presos aguardando audiência de custódia que decidirá se eles permanecerão presos ou responderão ao processo em liberdade.
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