Polícia

Incêndio deixa dois mortos e três gravemente feridos em Santana

Duas crianças morreram na tragédia. A mãe delas e o avô correm risco de morte na UTI. Uma jovem de 21 anos segue internada no CTQ, mas o quadro clínico é estável, segundo médicos


Morreu por volta de 9h30 desta sexta-feira (16) na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital de Emergências de Macapá (HEM) o menino Moisés Ferreira dos Anjos, de 1 ano e 9 meses, que teve mais de 80% do corpo atingido pelo fogo durante um incêndio registrado no final da madrugada de quinta-feira (15) no apartamento onde ele morava com a família, na avenida Princesa Isabel, bairro Paraíso, em Santana, distante 17 quilômetros de Macapá. Ainda na tarde de quinta-feira o hospital havia anunciado a morte da pequena Iasmim dos Anjos da Silva, de 2 meses.

Ainda permanecem internados na UTI a jovem Débora Ferreira dos Anjos, de 21 anos; o avô das crianças, Josivaldo César da Silva, de 42. A outra filha de Débora, Danielle Vitória dos Anjos, de 3 anos, está em observação no Centro de Tratamento de Queimados (CTQ).

“Já temos dois óbitos nessa verdadeira tragédia. A menina Danielle tem um quadro estável, e por isso está no CTQ, porém, a mãe das crianças e o senhor Josivaldo estão com um quadro clínico gravíssimo. Eles tiveram mais de 80% dos corpos atingidos por queimaduras que chegam ao terceiro grau, ou seja, que compromete todas as camadas da pele. A maior preocupação é que as faces deles foram muito atingidas. Nesse momento eles estão em coma induzido, e respirando por meio de ventilação mecânica. Sabemos que nesses casos as primeiras 72 horas são determinantes”, disse ao Diário o coordenador do Centro de Tratamento de Queimados do Hospital de Emergências, doutor Aliéksei Mello.

 O incêndio

Vizinhos ao imóvel relataram que o sinistro ocorreu por volta de 5h30 da madrugada. As chamas teriam se alastrado rapidamente, cercando a família que estava dormindo. O Corpo de Bombeiros foi acionado para atender a ocorrência.

“Ouvíamos os gritos e pedidos de socorro. Eles saíram com os corpos em chama. Foi um desespero total. As pessoas começaram a jogar água, mas o forro e outros materiais inflamáveis só aumentavam o fogo. Foi algo que jamais vi na minha vida. Lamentamos por essa família”, disse Maria das Graças, de 48 anos, que mora próximo ao imóvel.

O Corpo de Bombeiros prestou atendimento, fez o rescaldo e isolou a área para a perícia. As causas do sinistro ainda são desconhecidas, mas existe uma forte suspeita de que tenha ocorrido uma sobrecarga de energia onde aparelhos celulares estariam sendo carregados.

O laudo com as causas do acidente deverá sair em até 30 dias. A família das vítimas faz uma campanha para arrecadar fraldas geriátricas e sabonete líquido para os pacientes.

Reportagem: Elden Carlos
Fotos: Divulgação/CBM


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