Internos do Iapen participam de programação de Natal
Peças teatrais, cantatas, casamento coletivo, batismo e eventos religiosos fazem parte das atividades festivas
Elen Costa
Da Redação
Em dezembro, o Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen) realizou vários eventos com os internos para comemorar o Natal. Na programação, peças teatrais, cantatas, eventos religiosos e casamento coletivo.
Para a direção do sistema prisional do estado, os eventos promovem alegria, não somente aos visitantes, mas também aos próprios detentos, além de ajudar na segurança, uma vez que a programação estreita os laços entre os internos e quebrar qualquer tipo de problema de desentendimento que possa ter ocorrido durante o ano.
“É um período muito especial para o instituto e buscamos promover essas ações para comemorar esse tempo de festa de fim de ano para os internos. Fizemos um auto de Natal com a apresentação dos reeducandos que cumprem medidas de segurança no Centro de Custódia do Novo Horizonte – CCNH. Eles fizeram uma apresentação teatral para os visitantes e servidores, encenando o Nascimento de Jesus. Isso é de suma importância, porque esses presos são aqueles que detêm algum tipo de transtornos psicológicos, e isso acaba ajudando no tratamento e na parte laboral deles, porque acaba tirando-os da ociosidade”, ponderou o diretor-presidente do Iapen, delegado Luiz Carlos Gomes Júnior.
Foram realizadas, ainda, cantatas natalinas com as internas do complexo penitenciário feminino e uma com os presos do sistema de segurança pública que cumprem pena no CCNH.
Para que ocorressem a programação os detentos se prepararam durante um mês. Luiz Carlos enfatizou que momentos como esse mudam a rotina do sistema penitenciário onde, diariamente, há muitos problemas e sofrimentos em relação aos efeitos do encarceramento.
“É um período de religiosidade, de comemoração em que eles abraçam as ideias e participam. É uma maneira que encontramos de estabelecer uma rotina diferente e promover ações que possam trazer alegria, nem que seja momentânea, e estreitar os laços dos presos com as famílias e os servidores”, destacou.
Nesta sexta-feira, 22, acontece ato religioso, onde 11 presos do regime fechado e que cumprem pena no chamado “cadeião” são batizados.
“Tivemos o casamento coletivo que envolveu 20 apenados do regime fechado e isso só foi possível com a colaboração do Tribunal de Justiça e do Cartório Vales. Agora é a oportunidade que eles têm de seguir o caminho espiritual, religioso. Além do mais, conseguimos implementar, e isso é uma novidade, o reconhecimento do trabalho pastoral para aqueles que fazem a evangelização dentro do presídio. Ou seja, isso passar a ser um ato de trabalho, uma profissão. Para cada três dias de trabalho realizado, o interno que se converte e evangeliza, tem a remissão de um dia de pena. É notório que a religião ajuda, pois eles, os detentos, acabam criando grupos religiosos, onde se identificam pela fé e passam a criar comunidades. São grupos que trazem bastante tranquilidade dentro do sistema. Então, todo interno que a gente consegue aproximar da igreja, da fé, é também um ato de conquista do sistema prisional”, finalizou o diretor.
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