Jovem é presa com dois quilos de ‘Skank’, em Macapá
‘Skank’ é uma versão adaptada da maconha, e é produzida em laboratório. O efeito dela é sete vezes maior do que o efeito da chamada ‘maconha jamaicana’
Reportagem e fotos: Jair Zemberg
Texto: Elden Carlos
Uma mulher identificada como Dafnni Karmen Brito Amaral, de 20 anos, foi presa com dois quilos de ‘skank’ na noite de terça-feira (20) em um apartamento localizado em uma vila de quitinetes na avenida Caramurú, bairro Beirol, zona sul de Macapá.
A prisão foi feita por agentes da Delegacia de Tóxicos e Entorpecentes (DTE), sob comando do delegado Sidney Leite. “Ela [Dafnni] era uma pessoa acima de qualquer suspeita. A clientela dela eram jovens das classes média e alta, já que essa droga tem um valor comercial muito grande. Já vínhamos investigando esse caso há algum tempo, mas a Dafnni migrava constantemente de um lugar para o outro, exatamente para dificultar qualquer investigação policial, mas tivemos êxito na prisão dela”, disse o delegado.
O Skank (também conhecida como supermaconha e skunk) é uma droga mais potente que a maconha tradicional, ambas são retiradas da espécie cannabis sativa, e, por esse motivo, possuem em suas composições o mesmo princípio ativo Tetra Hidro Canabinol (THC).
A diferença é proveniente do cultivo da planta em laboratório. O preparo da Cannabis sativa para obtenção do Skank é feito em estufas com tecnologia hidropônica (plantação em água). Segundo estudos, no skank há um índice de THC sete vezes maior que na maconha tradicional. A porcentagem chega até 17,5%, sendo que na maconha é de 2,5%.
“Essa droga vicia mais rápido e o efeito alucinógeno é altíssimo. É bom frisar que a inserção desse entorpecente no comércio local é até de certa forma uma novidade. Essa jovem já era conhecida pelo tráfico de cocaína. Ela trabalhava com uma espécie de ‘disque-drogas’ e usava as redes sociais para isso”, concluiu o delegado.
A traficante foi apresentada na sede da DTE onde ocorreu o flagrante. A partir da apreensão do aparelho celular e de interrogatórios o delegado espera chegar aos fornecedores da droga que era enviada para Dafnni Karmen.
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