Polícia

Mais de 230 postes do programa “Luz para Todos” desaparecem no município de Amapá

Documento com data de 19 de outubro do ano passado, da Assessoria para Universalização da Energia Elétrica, da Eletrobras Eletronorte, informa que diligências da equipe de fiscalização no município de Amapá constataram o desvio/furto de 232 postes que deveriam ser usados pelo programa “Luz para Todos” do governo federal no estado do Amapá.


Foi lavrado um boletim de ocorrência (BO) e o fato comunicado à Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA) visando a instauração de comissão de sindicância.

O mesmo documento informa que estaria em fase de aprovação o novo programa de obras para o atendimento dos domicílios da segunda tranche de obras com licitação pela Eletronorte.

Criado em novembro de 2003, o programa “Luz Para Todos” no Amapá teve sua execução iniciada no ano de 2005, mas até hoje passa por dificuldades que estão emperrando o andamento do programa, sendo o Amapá um dos estados mais atrasados em termos de obras.

No caso do desaparecimento de 232 postes, o Ministério Público do Amapá está debruçado diante de documentos que apontam a participação de pelo menos um funcionário da Companhia de Eletricidade do Amapá no esquema. Ele estaria usando a estrutura operacional da CEA para beneficiar pessoas influentes no município.

Em depoimentos aparece o nome de Erick Lobato Muniz, gerente da unidade da CEA no município de Amapá, de onde os postes sumiram. Ele é acusado de utilizar a estrutura e equipamentos da empresa para atender propriedades particulares fornecendo, em troca de dinheiro, postes, fios e transformadores.

Conforme documentos e depoimentos em poder do Ministério Público, um dos beneficiados pelos “serviços” de Erick foi o pecuarista Natan da Silva Lage, tido como político influente em Amapá e candidato a prefeito do município pelo PR. Lage teria financiado a equipe de Erick para fazer ligações na comunidade do Cruzeiro, pelas quais teria pago R$ 4 mil por quatro postes e um transformador.

Outro que aparece como beneficiado pela “prestação de serviços” de Erick Lobato Muniz é Valfredo Nepomuceno, o Topeca, conforme indicam fotos e depoimentos prestados à polícia por Nilson Vilhena Cordeiro. A propriedade de Topeca fica no ramal do Bacabinha.


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