Polícia

Matador de ancião é submetido a julgamento

Ivo Portela foi assassinado de forma cruel



Senta no banco dos réus do Tribunal de Júri de Macapá, nesta sexta-feira, 17, Josinei Ferreira Miranda, 25 anos, acusado da morte do aposentado Mário Ivo Sampaio, 82, com facada no pescoço, no dia 27 de janeiro de 2014.

O crime teve ampla repercussão pela maneira fria com que o acusado confesso agiu. Josinei, que conhecia os hábitos do ancião, entrou à noite na residência de Mário Ivo, no bairro Infraero I. Esperou que o ancião acordasse e incontinenti o matou por volta das 5h30min.

Ajudado por uma menina de 14 anos, que o acompanhava na hora do crime, Josinei Ferreira Miranda pegou o carro da vítima, alojou o corpo no porta malas e nele saiu da residência. Os dois, que seriam namorados, passaram a manhã toda circulando no veículo em Macapá. Chegaram inclusive a dar duas caronas com o corpo de Mário Ivo Sampaio no porta malas.

No começo da tarde o casal se dirigiu a Mazagão, distante 32 quilômetros de Macapá, onde enterrou o corpo do ancião numa cova de um metro de profundidade em local ermo próximo ao rio Ajudante.

O corpo só foi encontrado e desenterrado cinco dias depois, após a prisão de Josinei e a menor de idade, os quais confessaram o crime, e de forma fria e dissimulada narraram como deram fim à vítima, contando também onde o cadáver estava.

O assassinato teria sido cometido por vingança. O acusado Josinei Ferreira Miranda, conforme depoimento que ele deu na polícia, nutria raiva de Mário Ivo Sampaio em virtude desse o ter chamado de ladrão, em novembro de 2013. Josinei, na ocasião, era motorista do octogenário e havia passado três dias sumido com o carro do patrão.

Nora da vítima teria sido mandante do crime, apurou polícia

Uma outra versão sobre o caso intensificou a repercussão do homicídio. Josinei teria cometido o crime a mando da nora de Mário Ivo, Edilene da Silva Trindade, 34 anos, por vingança, em virtude dela ter sido pressionada pelo sogro a confessar adultério que teria praticado contra o filho da vítima, Francisco Ivo Portela. Edilene chegou a ser presa e ouvida, além de ter prisão solicitada pela Polícia Civil, mas negada pela Justiça.

No julgamento desta sexta-feira, Josinei Ferreira Miranda senta no banco dos réus acusado de homicídio duplamente qualificado por motivo fútil e ocultação de cadáver.


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