Médico é preso depois de morte da paciente
O médico ginecologista Detimar Sarmento foi preso na última sexta-feira, 30, na clínica particular dele horas depois da morte da paciente.
A Polícia Civil de Oiapoque, a 590 quilômetros de Macapá, prendeu um médico após a morte da paciente que ele operava para a retirada de um mioma. Populares tentaram invadir o Ciosp do Oiapoque para agredir o médico, mas foram contidos pela polícia.
O médico ginecologista Detimar Sarmento foi preso na última sexta-feira, 30, na clínica particular dele horas depois da morte da paciente.
De acordo com a Polícia Civil, baseada em depoimentos de familiares, a paciente tratava um mioma com o médico havia há cerca de 1 ano e meio. O tratamento incluiu doses de um medicamento que era aplicado na clínica particular dele em Macapá, onde ela também fazia exames.
Segundo informou a filha, que acompanhou a mãe durante todo o tratamento, o médico marcou para a última quinta-feira, 29, a cirurgia para a retirada do mioma. O procedimento foi realizado no Hospital de Oiapoque.
“Fui ao hospital e conversei com dois médicos peritos que me informaram que cirurgias eletivas não podem ser feitas naquela unidade que não é equipada para isso. Porque o médico não fez a cirurgia em Macapá com todas as garantias de segurança? ”, questiona o delegado Charle Corrêa, que fez a prisão do médico.
Ainda na sexta-feira, 30, o delegado, acompanhado de agentes, foi até o hospital para falar com o médico Detimar Sarmento. Segundo o delegado, ele estava de plantão, mas não se encontrava na unidade.
“Uma funcionária me informou que ele estava na clínica particular dele, que fica perto da orla de Oiapoque. Fomos até lá e a clínica estava lotada de pacientes esperando a consulta com ele. Entrei, chamei a secretária dele, que sua esposa, e dei a voz de prisão. Não o algemei”, informou o delegado.
Detimar Sarmento foi levado para o Ciosp de Oiapoque. Antes disso, no entanto, os policiais tinham ido até Vila Vitória, distrito a 10 quilômetros da sede do município, onde ocorria o velório da paciente em uma igreja evangélica.
“Os parentes me relataram que o médico entregou a eles 22 quilos de gordura retirados da paciente na cirurgia, e mandou que eles descartassem. O material foi enterrado, e eu mandei desenterrar”, acrescentou o delegado.
O sepultamento em Oiapoque foi adiado. O delegado determinou que o corpo fosse encaminhado para a Polícia Técnica do Amapá (Politec) para que uma autópsia diga qual foi a causa da morte da paciente que também tinha obesidade.
O médico foi indiciado por homicídio culposo. Ele pagou fiança e vai responder ao inquérito em liberdade. O caso deve ser enviado ao Ministério Público dentro de 30 dias.
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