Patrulha Maria da Penha registra redução de 50% nos casos de feminicídios no Amapá em 1 ano
Equipe especializada de combate aos crimes contra mulher, está presente em quatro batalhões de Macapá e Santana
Uma das principais equipes especializadas da Polícia Militar do Amapá, a Patrulha Maria da Penha, registrou em um ano de atividade, completados nesta quarta-feira, 13, a redução de 50% nos casos de feminicídio no estado, no período de janeiro a novembro, em comparação ao ano passado.
Segundo os dados do policiamento criado para ações de combate à violência contra a mulher, em 2022 foram registrados oito feminicídios. Já em 2023, foram quatro ocorrências desta natureza catalogadas.
O foco da Patrulha Maria da Penha é o atendimento especializado das ocorrências que envolvam mulheres vítimas de violência física, sexual, psicológica, patrimonial e moral, além da fiscalização do cumprimento das medidas protetivas de urgência emitidas pela Polícia Civil e a Justiça.
“Recebemos e atendemos mais de 350 medidas protetivas com visita domiciliar, que tem que ser um trabalho de acolhimento, levando informação às vítimas que são encaminhadas pelo Poder Judiciário”, explicou a tenente Waldenice Nogueira, coordenadora da equipe.
Além das rondas e a fiscalização das medidas protetivas, a guarnição militar atua, também, no atendimento e acompanhamento das mulheres em situação de vulnerabilidade, vítimas de violência doméstica e familiar. A coordenadora acrescenta que, em 2023, não houve o registro de feminicídio entre as mulheres assistidas e acompanhadas pela Patrulha Maria da Penha.
“Às vezes a vítima quer ir a algum órgão, como assistente social, assistência psicológica e se não tiver condições de se deslocar, ajudamos com esse apoio, acompanhamos essa mulher até o setor competente. É importante frisar que, neste ano, devido ao trabalho contínuo da Patrulha não houve nenhum feminicídio registrado dentro do grupo de mulheres assistidas pelos nossos profissionais e isso é um fato muito importante para nós”, destacou a tenente Waldenice.
Atualmente, a Patrulha Maria da Penha, que recebeu investimentos em equipamentos e veículos do Governo do Estado, em agosto deste ano, está disponibilizada em quatro batalhões da PM, garantindo presença em áreas estratégicas de Macapá e Santana, atuando na prevenção e combate aos crimes.
“O Governo do Estado, a Polícia Militar parabeniza cada integrante da Patrulha Maria da Penha, que esse ano teve o reforço com mais viaturas, e, para o ano que vem, o governador Clécio Luís assumiu o compromisso com as mulheres e com a sociedade em garantir mais qualificação e efetivo para esta guarnição”, informou Adilton Corrêa, comandante da PM.
TIPOS DE VIOLÊNCIA CONTRA MULHER
Violência física
Qualquer forma de ofensa à integridade ou à saúde corporal da mulher, como tapas, socos, puxões de cabelo, beliscões, chutes, e outros.
Violência psicológica
Qualquer comportamento que cause dano emocional e/ou diminuição da autoestima da mulher, como: perseguição, chantagem, ofensas, intimidação e outros.
Violência sexual
Presenciar, manter ou obrigar a participar de relação sexual não desejada, mediante intimidação, ameaça, coação ou uso da força.
Violência patrimonial
Reter, subtrair, destruir parcial ou totalmente objetos, instrumentos de trabalho, documentos pessoais, bens, valores e direitos ou recursos econômicos.
Violência moral
Ofender com calúnias, insultos ou difamação – lançar opiniões contra a reputação moral, críticas mentirosas e xingamentos.
Onde procurar ajuda
No Amapá existe uma rede de atendimento às vítimas de violência como: Juizado de Violência Doméstica e Familiar Contra à Mulher, Ministério Público do Amapá (MP), Hospitais referência, Defensoria Pública do Amapá, Polícia Científica, Delegacia Virtual e toda e qualquer delegacia do estado.
Na esfera federal, existe ainda a Central de Atendimento à Mulher que atende pelo telefone 180. A central, além de receber denúncias, o serviço também pode orientar mulheres em situação de violência, direcionando-as para os serviços especializados da rede de atendimento.
Outras instituições, também, em suas especificidades podem prestar ajuda às mulheres que sofreram algum tipo de agressão. São elas:
Delegacia de Crimes Contra a Mulher
Endereço: Rua São José, 27, bairro do Trem
Horário: 24h, sob regime de plantão
Delegacia de Crimes Cibernéticos
Endereço: Rodovia Duca Serra, 1721 – Marabaixo
Horário: 7h30 às 13h30
Contato: (96) 99189-2860
Cram Macapá
Endereço: Rua São José, 1500, Centro
Horário: 8h às 18h
Contato: (96) 98403-5107
Cram Laranjal do Jari
Endereço: Rua Tiradentes, 882 – Agreste
Horário: 8h às 18h
Contato: (96) 98403-1960
Cram Mazagão
Endereço: Avenida Intendente Alfredo Pinto, 392 – União
Horário: 8h às 18h
Contato: (96) 98401-9768
Cram Oiapoque
Endereço: Rua Lélio Silva, 220 – Central
Horário: 8h às 18h
Contato: (96) 98402-9406
Cram Porto Grande
Endereço: Av. Bento Manoel Parente, 785 – Malvinas
Horário: 8h às 18h
Contato: (96) 98403-8359
Camuf Macapá
Endereço: Complexo da Mulher, Rua São José, 1570, Centro
Horário: 8h às 18h
Contato: (96) 96 8402-5037
Camuf Santana
Endereço: Avenida Santana, esquina com a Rua Euclides Rodrigues, 1815-B, Centro
Horário de atendimento: 8h às 18h
Contato: (96) 98402-0521
Núcleo AMA LBTI
Endereço: Rua Odilardo Silva, 845, bairro Julião Ramos, Macapá
Horário de atendimento: 8h às 18h
Contato: (96) 98403-3018
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