Polícia

PM aposentado é preso sob acusação de estupro

Defesa do militar nega crime e diz que ele pode estar sendo vítima de armação, motivada por vingança


Elen Costa
Da Redação

Um policial militar da reserva remunerada foi preso em flagrante, na manhã desta quinta-feira, 15, depois de ter sido acusado de beijar uma menina, de 11 anos de idade, à força.

A criança, segundo informações, é aluna do projeto social que o tenente de 65 anos coordena.
Tudo teria acontecido durante a execução da matrícula e aulas de informática, na Unidade de Polícia Comunitária (UPC) do bairro Araxá, na zona sul de Macapá.

O PM foi detido por agentes da Polícia Civil, depois que a garota fez a denúncia, e conduzido para a Delegacia Especializada em Crimes Contra a Mulher (DECCM).

“Essa vítima relatou aos psicólogos que estava fazendo as atividades com os demais alunos e foi levada pelo suposto autor para uma sala em construção. Lá, ele a segurou forte pelos braços e a beijou na boca”, narrou o delegado Kleyson Fernandes, que estava de plantão na especializada.

De acordo com a autoridade policial, em depoimento o acusado negou que tivesse beijado a boca da garota, mas revelou que abraçou e beijou o rosto da menor.

“Ele alegou que fez isso de maneira carinhosa, afetiva, sem nenhuma intenção sexual”, disse Fernandes.

O delegado contou, ainda, que outros elementos indicativos o levaram a decidir para a lavratura do flagrante.

“Ele, reiteradamente, procurava essa vítima, a buscava e a deixava todos os dias em casa, e isso era um comportamento que chamava a atenção dos familiares dela. Eles olhavam para essa atitude com certa estranheza”, ponderou.

O policial foi autuado por estupro de vulnerável e seguirá nesta sexta-feira, 16, para audiência de custódia.

A defesa

Nossa equipe conversou com o advogado Sidney Freitas, que faz a defesa do militar. Ele disse que seu cliente atua há 33 anos como coordenador do projeto social e que até o momento não havia passado por nenhuma situação semelhante.

“Existe, por parte dele, afeto e carinho, de maneira respeitosa para com os alunos. E como em qualquer outro dia, ele a cumprimentou sem nenhuma malícia. Não tem nenhuma materialidade da acusação que está sendo feita”, garantiu Sidney.

A defesa alega, também, que não existe testemunha do fato e que a atitude do tenente é para deixar as crianças e os adolescentes mais à vontade na execução das atividades do projeto.

“A filha dele faz parte e estava presente, assim como outros policiais, e ninguém presenciou nenhum tipo de comportamento que pudesse corroborar com aquilo de que ele está sendo acusado”.

Familiares do militar que estavam na DECCM acreditam que ele esteja sendo vítima de armação, motivada por vingança.


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