PMs envolvidos em ocorrência com morte de vigilante serão julgados
Na época, abril de 2017, militares disseram que foram recebidos a tiros e revidaram
Elen Costa
Da Redação
Policiais militares do ex-Batalhão de Rádio Patrulhamento Motorizado, o BRPM, são julgados nesta quarta-feira, 5, pela morte de Adriano Fortunato da Silva, de 30 anos de idade, ocorrida durante ocorrência de invasão a uma agência bancária, no Centro de Macapá, no dia 10 de abril de 2017. A sessão foi iniciada às 8h, na Câmara Única do Tribunal do Júri.
Os agentes estão sendo acusados de duplo homicídio. Além de Adriano, Alessandro Lima Ferreira também morreu no confronto entre a PM e bandidos que, segundo informações, teriam entrado pela madrugada no banco e após furtarem armas de fogo, foram flagrados fugindo pelos fundos da agência, que se conecta ao prédio da OAB/AP, onde Adriano trabalhava. Os militares disseram que foram recebidos a tiros e revidaram.
Em 2019 o Ministério Público chegou a oferecer denúncia contra os quatro PMs, mas depois de depoimentos e análise do fato os promotores pediram a absolvição sumária dos agentes. Os advogados Dirce e Charlles Bordalo, que defendem os policiais, garantem que a guarnição agiu em legítima defesa, e que Adriano Fortunato estaria participando diretamente do crime.
Dois revólveres de calibre 38, cada um, com nove munições deflagradas, foram encontradas em posse dos suspeitos e apresentados na delegacia. Exame residuográfico constatou chumbo nas mãos de Adriano, que já respondia por participação no homicídio de um adolescente de 16 anos, na saída de um clube, em 2011, quando a vítima foi assassinada a tiros.
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