Polícia Civil prende dez traficantes durante operação em Oiapoque
Operação foi deflagrada após dois meses de investigações. Traficantes aliciavam estudantes na porta da Escola Estadual Joaquim Nabuco.
Elden Carlos
Editor de Polícia
Dez pessoas foram presas – sendo cinco delas mulheres – e um menor apreendido durante uma operação de combate ao tráfico de drogas no município de Oiapoque, distante 590 quilômetros da capital, Macapá.
De acordo com o delegado da Polícia Civil (PC), Charles Corrêa, que comandou o trabalho de inteligência e execução da operação, há dois meses a diretora da Escola Estadual Joaquim Nabuco, localizada no bairro Central, procurou a delegacia para denunciar uma onda de venda e consumo de drogas dentro do educandário.
“A diretora nos procurou demonstrando total preocupação. Segundo ela, boa parte dos alunos fazia uso de drogas dentro da escola, provocando uma onda de violência e evasão escolar. Ainda de acordo com a educadora, traficantes vendiam maconha e crack na porta do estabelecimento de ensino. Iniciamos um minucioso trabalho investigativo que culminou com a prisão dessas pessoas”, revelou.
Charles Corrêa disse que inicialmente realizou um trabalho pedagógico com estudantes e os pais de alunos. “Começamos a identificar os usuários de drogas da escola. Depois, acionamos os pais desses alunos. Durante as oitivas eu pedi aos responsáveis que autorizassem a realização de exames toxicológicos nos alunos. Na grande maioria dos casos o resultado foi positivo. Então, a partir de informações dos próprios usuários fomos identificando os traficantes e as bocas de fumo onde essa droga era comercializada, ou despachada para as escolas”, descreveu.
Após o levantamento de informações, o delegado representou pelo pedido de busca e apreensão em oito locais considerados como pontos de venda de entorpecentes. A operação foi deflagrada a partir de quinta-feira (24). Foram apreendidas drogas, apetrechos para embalagem, dinheiro e vários objetos de procedência duvidosa.
“Das dez pessoas presas, apenas uma responderá em liberdade. Sabemos que isso não vai resolver o problema do tráfico na fronteira, mas é uma resposta à sociedade. Enquanto houver um traficante na porta da escola tentando aliciar um estudante, nós estaremos lá para combatê-lo. Essa é a nossa missão, servir a comunidade e tirar de rota os criminosos que ameaçam a sociedade”, concluiu o delegado. Os presos estão à disposição da Justiça do Amapá no presídio fronteiriço.
Fotos: Polícia Civil
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