Polícia Civil prende envolvido em barbárie que vitimou jovem de 19 anos
Na ocasião, Vitor Manoel foi confundido pelos assassinos com integrante de uma facção rival; antes de ser degolado, ele foi torturado pelos algozes
Elen Costa
Da Redação
Um elemento identificado como ‘Bibi’, suspeito de envolvimento em um crime bárbaro contra um jovem de 19 anos de idade, foi identificado e preso pela Delegacia Especializada em Crimes Contra a Pessoa (Decipe).
O criminoso foi capturado nessa terça-feira, 10, no bairro Jardim Felicidade, zona norte de Macapá, durante uma operação para dar cumprimento a mandados de prisão e de busca e apreensão domiciliar na capital, oriundos da investigação de um homicídio ocorrido no dia 29 de julho deste ano, cuja vítima foi Vitor Manoel de Azevedo, que fazia aniversário naquela data.
Vitor Manoel foi degolado. O corpo dele foi encontrado em um barraco abandonado na mesma região onde Bibi foi preso. Ele estava com os pés e mãos amarrados.
“De imediato, nossa equipe iniciou as diligências investigativas para apurar o caso e, em menos de 24 horas, dois suspeitos foram identificados. Na tentativa de prendê-los, eles quiseram reagir à prisão e foram a óbito”, explicou o delegado Leonardo Leite, titular da Decipe.
Ao longo da investigação, foram identificados mais cinco envolvidos, dentre eles três menores de idade.
“Representamos pelas prisões preventivas dos dois adultos e pelas buscas nas casas de alguns envolvidos. Hoje, conseguimos cumprir um mandado de busca e apreensão domiciliar e um mandado de prisão. As diligências continuarão com o objetivo de localizarmos e prender o outro envolvido”, detalhou a autoridade policial.
Conforme as investigações, o crime foi motivado pelo fato de que os acusados achavam que a vítima pertencia a uma organização criminosa rival. Vitor Manoel havia saído de casa para fazer uma tatuagem, como forma de se presentear. Acompanhado de uma adolescente, de 14 anos, eles foram até a uma área periférica do bairro Jardim Felicidade e, já na casa do profissional, foram rendidos pelos algozes. Os dois foram levados para o local da execução, que também funcionava como base da facção. Antes de ser sentenciado à morte, o rapaz foi torturado. A garota também foi agredida, mas liberada depois. A Polícia Civil garantiu que Vitor Manoel não tinha envolvimento com o crime organizado.
Os dois adultos serão indiciados por homicídio qualificado. Em relação aos menores de idade, cópia do procedimento policial será encaminhada à Delegacia Especializado nas Investigações de Atos Infracionas (Deiai) para as providências devidas.
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